A Justiça Federal tornou rés as irmãs piauienses Agatha da Silva Castro e Ingrid da Silva Castro , presas em flagrante no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), transportando cápsulas de cocaína no estômago. Elas foram denunciadas pelo Ministério Público pelo crime previsto no art. 33 da Lei 11.343/06. A denúncia foi recebida nessa quinta-feira (17) pelo juiz Márcio Martins de Oliveira , da Subseção Judiciária de Guarulhos.
As irmãs foram flagradas na noite de 28 de maio de 2023 ao se apresentarem à imigração do embarque do Terminal 3 para embarcar no voo AF 459, com destino a Paris, momento em que o sistema apresentou um alerta indicando que poderiam estar transportando drogas para o exterior e solicitando que fosse feita revista pessoal e a de suas bagagens.
No total, foi apreendido 598g (quinhentos e noventa e oito e gramas) em posse de Agatha e 211,6g (duzentos e onze gramas e seis decigramas) em posse de Ingrid. A forma do seu acondicionamento, cápsulas inseridas em seus corpos, o local e as condições em que se desenvolveu a ação criminosa, bem como as demais circunstâncias da prisão, dão conta de que se trata do crime de tráfico internacional de entorpecentes.
Ao receber a denúncia, o juiz ressaltou que a acusação está baseada em provas da existência de fato que, em tese, caracteriza infração penal (materialidade: oitiva das testemunhas, interrogatório da denunciada; auto de apreensão e laudo químico forense) e indícios suficientes de autoria delitiva.
A audiência de instrução e julgamento foi marcada para o dia 05 de março de 2025, às 13h30min. Caso sejam condenadas, cada uma das irmãs poderá pegar de 6 a 18 anos de cadeia, além de multa.