O juiz federal Agliberto Gomes Machado , da 3ª Vara da Seção Judiciária do Piauí na Justiça Federal, negou, no último dia 18 de dezembro, o pedido de liberdade ao motorista de caminhão Sebastião Lemes Roriz Silva , preso pela Polícia Federal no dia 8 de maio deste ano no Rodoanel de Teresina, com 108kg de cocaína.
Nos autos, o magistrado pontua que o acusado alega não ter realizado o crime com uso de violência e mesmo que possua filhos menores de 12 anos, o que motivaria sua prisão domiciliar, os dependentes estão sob cuidados da genitora.
“Por outro lado, observo que os filhos do ora requerente podem contar com os cuidados da mãe, com quem residem, segundo as informações prestadas por ele mesmo no seu depoimento. Assim, estão preenchidos os requisitos do art. 312 do CPP, em face da gravidade de conduta que ameaça à ordem pública. É, portanto, necessária para assegurar a aplicação da lei penal a prisão preventiva em questão, devendo esta ser mantida, uma vez que há fartos indícios de autoria do fato”, destacou o juiz.
Sebastião Lemes Roriz Silva, de 44 anos, foi preso pela Polícia Federal no dia 8 de maio deste ano, acusado de transportar 108 kg de cocaína do estado de Goiás a Teresina. A prisão aconteceu após os policiais federais receberem uma denúncia anônima sobre um caminhão que estaria transportando cocaína para Teresina.
Desse modo, os policiais montaram uma equipe para tentar localizar e interceptar o veículo. Quando aconteceu a abordagem, Sebastião Lemes Roriz Silva demonstrou nervosismo e alegou que transportava uma carga de esponjas de aço. Entretanto, durante a busca veicular, foram encontrados 100 tabletes de cocaína.
A investigação da PF também apontou que Sebastião foi recrutado pelo Núcleo logístico de transporte uma quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas e armas, que é liderado pelo Antônio Carlos de Sousa Coelho, mais conhecido como “Carlinhos Piauí”.
Os chefes do núcleo de transporte eram Ronicleiton Viera Damas e sua esposa Divina Glória de Sousa, residentes em Goiânia (GO), seriam responsáveis por arregimentar motoristas de caminhão para transportar o entorpecente no território nacional até os mercados consumidores localizados no Piauí, Maranhão e Ceará. Um dos caminhoneiros recrutados foi Sebastião Lemes Roriz Silva.