Rauena Pinheiro
Considerado um dos mais importantes memorialistas de Brasília, um mecânico que se tornou fotógrafo oficial do Governo Juscelino Kubitscheck, a história e vida do parnaibano Mário Fontenelle se transformou em arte no documentário curta-metragem “Mário Fontenelle: A Oração Silenciosa”. A obra, com direção e roteiro de Pedro Jorge de Castro, será lançada no dia 14 de março, em evento do Conselho Estadual de Cultura do Piauí (CEC).
O evento conta com a participação do professor e cineasta de Pedro Jorge de Castro, e acontece às 10h na sede do CEC, localizado na rua 13 de maio, Centro de Teresina. O curta-metragem e 25 minutos perpassa a trajetória e reconhece o trabalho daquele que documentou o nascimento de Brasília, em uma época que o projeto de construção de uma nova capital brasileira parecia ser ousado.
Diante disso, a obra é composta por depoimentos de fotógrafos, cientistas sociais, jornalistas e professores, que detalham o trabalho do fotógrafo em imortalizar e, de certa forma, ajudar a construir a nova capital do Brasil.
Natural de Parnaíba, Mário Fontenelle recebeu o título de Cidadão Honorário de Brasília post mortem, em um reconhecimento à construção da história imagética da cidade. Mesmo com mais de 5 mil fotografias em seu acervo com elaboração de um trabalho pioneiro, o fotógrafo morreu aos 67 ano, no Lar dos Velhinhos Maria Madalena, no Núcleo Bandeirante.
História
Nascido no ano de 1919 na cidade de Parnaíba, no Litoral do Piauí, Mário Fontenelle era apaixonado por aviões, e começou a trabalhar como mecânico de pista em uma empresa de transportes aéreos. Quando se transferiu para o Rio de Janeiro, conheceu diversos políticos entre alguns voos, e um deles foi o presidente Juscelino Kubitschek, que lhe presenteou com a primeira máquina fotográfica, uma Leica 35 mm.
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