Um homem identificado como Paulo Rodrigues da Silva, 45 anos, foi preso nessa terça-feira (06) acusado de matar a própria esposa, Marlene Francisca da Silva, com um golpe de objeto perfurante na região íntima da mulher, em novembro de 2023.
O feminicídio só foi descoberto porque os filhos da vítima perceberam que o corpo de Marlene da Silva apresentava manchas rochas no corpo e acionaram a Polícia Civil, que interrompeu o velório da mulher, na cidade de Cocal.
De acordo com as informações fornecidas pelo delegado de Cocal, Maycon Soares, durante a prisão, o suspeito confessou o crime e assumiu que matou a mulher por causa de ciúmes. O preso foi encaminhado à Penitenciária Mista de Parnaíba.
Assassinato com requintes de crueldade
Segundo o laudo necroscópico, Marlene Francisca da Silva morreu em decorrência a uma perfuração feita com um espeto de madeira na região do centro tendinoso do períneo, situada entre o ânus e a vagina. A lesão provocou uma hemorragia interna e a vítima não resistiu a gravidade dos ferimentos.
O exame cadavérico foi feito no corpo da vítima após a Polícia Civil interromper o velório da mulher devido a denúncia feita pelos familiares. A equipe da Polícia Civil fez a averiguação e constatou que a vítima realmente apresentava hematomas.
Além disso, a casa da vítima também tinha manchas de sangue. Em razão disso, o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).
Relembre o crime
No dia 15 de novembro de 2023, a Polícia Civil do Piauí interrompeu o velório da mulher identificada como Marlene Francisca da Silva, de 59 anos, após os filhos dela serem surpreendidos com a notícia da morte da mãe, na cidade de Cocal, Norte do Piauí.
Segundo o policial civil Walter Brune, da Delegacia de Cocal, a Polícia Civil foi acionada pelos familiares da vítima que demonstraram surpresa tanto com a notícia da morte de Marlene, como pela falta de reação do companheiro da vítima e dos familiares dele.
“A vítima faleceu nesta quarta-feira (15), às 6h da manhã, e o marido junto com a cunhada resolveram fazer o velório. Diante dos fatos não avisaram nem os filhos e parentes dela [Marlene], que ficaram sabendo por terceiros que ela tinha morrido. Quando chegaram no velório, viram marcas de lesões no pescoço, braço, um lençol ensanguentando, e questionaram o porquê de não acionarem os órgãos responsáveis, como hospital, e polícia. A cunhada disse que não sabia que tinha que acionar ambulância, essas coisas, e que foi na cidade só para pegar o caixão”, informou Walter Brune.
Ainda conforme o policial civil, assim que equipe da perícia chegou ao local, também pôde constatar as diversas marcas pelo corpo da vítima, o que levantou mais a suspeita do que teria causado a morte de Marlene.
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