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Valença do Piauí - Piauí

Médico acusado de agredir PMs em Valença do Piauí paga fiança de R$ 5,6 mil e é solto

A decisão foi dada pelo juiz Samuel Roberto Carvalho Lima, da Vara Núcleo de Plantão Picos.

O juiz Samuel Roberto Carvalho Lima, da Vara Núcleo de Plantão Picos, concedeu liberdade provisória, neste domingo (04), para o médico Max William Soares Lopes, preso em flagrante na tarde de sábado (03), na cidade de Valença do Piauí, acusado de ameaçar, agredir e desacatar uma equipe da Polícia Militar. A soltura do profissional da saúde foi definida após audiência de custódia e ocorreu mediante pagamento de fiança no valor de R$ 5.648 e cumprimento de medidas cautelares.

Instado a se manifestar, o Ministério Público opinou pela homologação do flagrante e concessão de liberdade provisória com aplicação de medidas cautelares diversas à prisão, em especial, comparecimento periódico em juízo, proibição de ir a locais em que se comercializem bebidas alcoólicas, recolhimento domiciliar noturno e o arbitramento fiança no valor de 5 salários-mínimos.


Foto: GP1Médico Max William
Médico Max William

Já na fundamentação de sua decisão, o juiz arbitrou a fiança em 4 salários-mínimos e determinou as medidas cautelares opinadas pelo Ministério Público.

O médico não poderá se mudar de residência sem prévia comunicação ao juiz, deverá comparecer a CIAP de Picos a cada dois meses por um período de um ano, a fim de prestar informações de seu paradeiro e de suas atividades. Em caso de descumprimento das medidas, a justiça pode decretar a prisão preventiva. Além disso, o autuado estará proibido de usar som superiores aos limites permitidos pela lei.

Entenda o caso

O GP1 teve acesso ao boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia Civil da cidade e a um vídeo que mostra o início da confusão, na residência do médico. Segundo o relato dos policiais, a PM foi acionada por volta de 13h para atender a uma ocorrência de perturbação da ordem e do sossego e quando chegou na frente da residência alvo da denúncia se deparou com o médico visivelmente embriagado e alterado, com um aparelho de som em volume acima do permitido.

A equipe da PM informou a Max William que o som estava perturbando a vizinhança e pediu para que ele reduzisse o volume do aparelho, momento que o profissional de saúde afirmou que "não iria baixar som algum" e que "eles [os policiais] deveriam procurar saber quem ele [Max William] era".

Em um vídeo gravado por um dos PMs, no início da ocorrência, é possível ver o médico visivelmente alterado e proferindo ameaças contra os policiais. Os pais do acusado, na tentativa de intervir na prisão do filho, tentam segurá-lo. A mãe do médico, inclusive, entra na viatura, mas é retirada. Alterado, o profissional de saúde agride e grita com os próprios pais.

Durante a ocorrência, Max William partiu para cima dos policiais chamando eles de “vagabundos” e “caralho”. Diante da situação, os policiais pediram apoio para outra equipe, que chegou e entrou na residência do acusado para tentar fazer a condução dele até a Delegacia de Polícia Civil.

O médico, no entanto, reagiu à prisão e agrediu dois policiais, sendo um com uma cotovelada no olho direito, causando uma lesão no supercílio do policial.

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