No início da tarde desta quinta-feira (3), a 4ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), condenou o Altos ao pagamento de multa no valor de R$ 30 mil após o caso de injúria racial contra o goleiro Caíque, do Ypiranga-RS, no dia 20 de maio, em confronto da Série C do Campeonato Brasileiro, em Teresina.
Naquela ocasião, o torcedor Francisco das Chagas Sousa chamou o arqueiro da equipe rival de “uva preta” e no mesmo momento, a partida foi paralisada pela arbitragem após Caíque relatar o que havia acontecido.
Isaac Chafiscks, advogado de defesa contratado para representar o alviverde afirmou em sua sustentação que o clube havia tomado todas as providência possíveis dentro da situação e que o torcedor havia sido identificado e conduzido para a Central de Flagrantes. A relatora Adriene Silveira Hassen votou pela aplicação da multa, além da suspensão de Francisco das Chagas por 720 dias e a perda de um mando de campo, mas teve o voto vencido pelas demais auditoras, mantida apenas a multa e a suspensão. O Jacaré deve recorrer da decisão da corte.
Novo silêncio
O Jacaré faria um treino aberto durante esta semana, que antecede o confronto decisivo para a permanência da equipe na Série C do Campeonato Brasileiro. O time encontraria a imprensa na sexta-feira (4), mas comunicou nesta quinta-feira (3) que "por determinação da direção do clube, o treino aberto para imprensa na sexta-feira foi cancelado. Portanto, não teremos treino aberto nesta semana".
Relembre o caso
Após um ataque do Altos, logo aos 8 minutos do primeiro tempo, a bola saiu pela linha de undo e o goleiro Caíque demorou para report a saída de bola. Nesse momento, ele chamou o árbitro Arthur Gomes, enquanto apontava para uma pessoa na torcida do Jacaré. Depois disso, o coronel Jaime, delegado da partida, acionou a Polícia Militar, que prendeu Francisco das Chagas e o conduziu a centrla de flagrantes.
"Aos oito minutos, o quarto árbitro foi chamado informando que o goleiro se queixou de um torcedor da geral através do gol havia o chamado de 'uva negra'. Como isso se constitui em crime de injúria racial, o árbitro parou o jogo, fui até o major wilton e ele deu voz de prisão ao cidadão", relatou o coronel Jaime ao GP1 Esporte.
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