O Ministério Público do Estado do Piauí apresentou alegações finais na ação penal em que é réu o vereador de Piripiri, Francisco das Chagas Pereira da Silva (MDB), mais conhecido como “Bacaí", acusado de homicídio culposo no trânsito.
A ação tem por base inquérito policial que investigou as circunstâncias do acidente ocorrido em 2009. Segundo os autos, o vereador trafegava pela BR-343, em um carro modelo Corsa, nas proximidades da cidade de Altos, e ao ultrapassar um ônibus da Empresa Barroso, que se encontrava estacionado no acostamento da rodovia, colidiu com a vítima Francisco Wallysson de Sousa Medina, que faleceu em virtude das lesões sofridas.
Vítima foi arremessada a uma distância de 25 metros
Conforme as investigações, o acidente ocorreu em razão do vereador não ter reduzido a velocidade para ultrapassar o veículo de passageiros que estava parado. Em vista da velocidade excessiva imprimida e da falta de cuidados, a vítima foi arremessada a uma distância aproximada de 25 metros, vindo a falecer imediatamente no local do acidente.
Para o Ministério Público, “a culpa do denunciado está evidenciada pela imprudência e negligência com que dirigia o veículo, pois as recomendações das normas de trânsito são cuidados redobrados nas ultrapassagens e aproximações com veículos de transporte de passageiros".
A defesa do vereador apresentou alegações finais no dia 19 de maio deste ano, pedindo sua absolvição, argumentando que o acidente ocorreu por culpa exclusiva da vítima. Em caso de condenação a defesa pede a pena mínima e o direito de apelar em liberdade.
Os autos estão conclusos para sentença ao juízo da Comarca de Altos.
Vereador diz que é pobre e não pode pagar custas
Nos autos chama atenção uma declaração de hipossuficiência firmada pelo vereador Bacaí da Rua de Cima, onde afirma que não pode arcar com as custas processuais por ser pobre. No entanto, um vereador de Piripiri recebe mensalmente mais de R$ 10 mil reais, entre salários e ajuda de custo.
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