Brunno Suênio
O diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Barêtta, disse em entrevista ao GP1, na tarde desta sexta-feira (02), que a delegada responsável pelas investigações que apuram a morte de Tainah Brasil está aguardando a análise de um aparelho celular apreendido pela Polícia Civil para avançar no inquérito policial e produzir o relatório final do caso.
De acordo com Barêtta, as investigações que foram retomadas após decisão da Justiça no dia 31 de agosto, que prorrogou o prazo do inquérito por mais 30 dias, estão bastante avançadas e serão finalizadas com todo material arrecadado pelo DHPP.
“A delegada está aguardando a análise de um telefone apreendido, de uma das pessoas envolvidas, para se cercar de todos os elementos e não restar nenhuma dúvida, a fim de que ela possa fundamentar a decisão dela no relatório final do inquérito policial. A demora não é uma escolha nossa, mas uma responsabilidade de se fazer uma investigação minuciosa. A gente não constrói indícios em um inquérito policial para A, B ou C, fazemos isso para o processo, para o juiz, o promotor e para a defesa”, explicou o delegado.
Comparação com o Caso Fernanda Lages
Barêtta lamentou a declaração do pai da jovem Tainah Brasil, Marcelo Rocha, que em entrevista à imprensa, na manhã de hoje, relatou que tinha receio que a morte da filha pudesse se transformar no Caso Fernanda Lages.
“A comparação entre o Caso Tainah e o Caso Fernanda Lages é inconcebível. Eu não o conheço a investigação do caso Fernanda Lages, mas posso, preliminarmente, entender que é totalmente diferente, haja vista que um foi um encontro de cadáver e no outro foi uma pessoa que foi esfaqueada e levada consciente para o hospital e morreu depois”, declarou.
Investigação será concluída
O diretor do DHPP ressaltou que já pediu celeridade nos atos que competem à investigação sobre a morte de Tainah Brasil.
“O resultado vai sair, a delegada está preparando, eu já conversei com o nosso Núcleo de Inteligência para que possa dar celeridade. A gente entende que há uma demora, mas a demora se dá pela necessidade de se esclarecer um fato criminoso, onde só havia três pessoas dentro de uma casa. Então nós não podemos assim concluir porque a pessoa levou 13 facadas. A legítima defesa ou não, a gente não se mede com métrica, se mede com ação, com conduta e com a investigação que se harmoniza com o que foi apurado. Eu entendo a dor do pai, mas aqui a gente investiga para prender, não prende para investigar. Nós agimos pela razão, através de princípios e técnicas”, finalizou Barêtta.
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