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Teresina - Piauí

Família procura corpo de jovem sequestrado e morto por facção em Teresina

Kauan Alves dos Santos, 18 anos, está desaparecido desde a última segunda-feira (12), por volta de 17h.

Familiares de Kauan Alves dos Santos estão realizando buscas pelo corpo do jovem de 18 anos, que está desaparecido desde a última segunda-feira (12). A suspeita é que ele tenha sido executado e o corpo enterrado em uma cova rasa por uma facção criminosa no Loteamento Dandara dos Cocais, região da Santa Maria da Codipi, zona norte de Teresina.

Em entrevista ao GP1, a mãe de Kauan relatou que o jovem estava morando em José de Freitas e veio para Teresina visitá-la, porém ela não chegou a vê-lo, pois pouco tempo depois de sua chegada, ele foi sequestrado por membros de uma facção criminosa.


“Ele veio de José de Freitas, há 2 meses que eu não via meu filho. Ele sentiu saudade de mim e veio me ver, mas não chegou a me ver, pois antes eles o sequestraram, levaram ele para o mato e judiaram dele”, relatou a mãe, que não quis ser identificada.

Foto: Reprodução/WhatsAppKauan Alves dos Santos
Kauan Alves dos Santos

Vítima relatou ameaças antes de desaparecer

Ao sair de casa, no residencial Edgar Gayoso, ainda na segunda-feira (12), data em que chegou a Teresina, Kauan Alves acabou sendo levado pelos acusados até uma região próxima a um campo de futebol, na localidade Dandara dos Cocais. Como havia muitas pessoas no local, os criminosos desistiram de matá-lo naquele momento, mas ficaram com a moto da vítima, que foi obrigada a retornar para casa sob a ameaça de que se relatasse o que havia ocorrido para alguém, seus familiares seriam mortos.

No final da tarde do mesmo dia, por volta de 17h, Kauan Alves dos Santos foi obrigado a se reencontrar com seus algozes e desde então não retornou para casa, como explicou a mãe.

“A ameaça foi nesse dia, que levaram ele para o mato, mas liberaram após a judiação. Ele chegou a dizer que estava com muito medo de matarem ele e que iria pedir para não o matarem. Ele disse assim: 'eu vou, mas se eu não voltar, já sabem quem me matou'. Então ele foi encontrar com essas pessoas e não voltou mais para casa”, disse a mãe ao GP1.

Mãe recebeu mensagem informando que o filho estava morto

Após tomar conhecimento do desaparecimento do filho, a mãe de Kauan decidiu procurá-lo. Segundo ela, populares relataram que ouviram dois disparos de arma de fogo na mesma noite em que ele desapareceu. “Ele desapareceu por volta de 17h e quando foi por volta de 20h populares escutaram dois tiros do lado da mata do Dandara dos Cocais”, contou a senhora.

A mãe disse ainda que por volta de 22h recebeu uma mensagem de texto informando que o filho estava morto e que já havia sido enterrado. “Depois eu recebi uma mensagem dizendo que meu filho estava morto e que já tinham enterrado ele. Foi a hora que eu me desesperei e saí à procura, mas não achei nada. Foi quando pedi ajuda à polícia, toda polícia que eu via na rua eu pedia ajuda”, disse a mulher, emocionada.

Facção apontou localização do corpo do jovem

A mãe de Kauan contou ainda que gravou um vídeo na madrugada desta quinta-feira (15), clamando para que a facção criminosa informasse onde estava o corpo do filho. “Quando foi hoje de madrugada, que eu gravei um vídeo clamando pelo corpo do meu filho, para liberarem o corpo dele, eles viram e mandaram a mensagem dizendo que o corpo estava enterrado na mata do Dandara dos Cocais. Agora estamos fazendo buscas pelo corpo”, explicou a mãe de Kauan.

Moto da vítima foi devolvida à família

Após o crime, os membros da facção mandaram uma pessoa entregar a motocicleta que pertencia à vítima para a família dele. “Entregaram a moto dele. Eles prenderam a moto, pois era a segurança que eles tinham para pegar ele novamente. Eles já tinham ameaçado que se ele corresse, eles matariam a família. Eles prenderam a moto e ele teve que voltar para o Dandara dos Cocais, foi quando eles o sequestraram de vez. A moto, eles mandaram devolver depois”, finalizou a mãe de Kauan.

DHPP investiga o caso

Na manhã desta quinta-feira (15), os familiares foram até o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foram ouvidos pela delegada Fernanda Novaes, responsável pela Delegacia de Desaparecidos.

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