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Parnaíba - Piauí

Justiça condena réu por furtar R$ 138 mil e mandar matar empresário no Piauí

O comerciante José Alves de Sousa foi morto em março de 2020. O réu foi condenado a 33 anos de prisão.

O réu Wellison Torcato Lopes, acusado de encomendar o assassinato do empresário José Alves de Sousa, foi condenado a 33 anos e 10 meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de homicídio qualificado, furto qualificado e corrupção de menores. A sentença foi proferida nessa quinta-feira (25), na Comarca de Parnaíba. O crime aconteceu em março de 2020.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI), o cabeleireiro Wellison Torcato Lopes se aproveitou da amizade com o comerciante José Alves de Sousa e furtou R$ 138 mil da conta da vítima. Após o acusado ter sido descoberto, ele encomendou o homicídio do empresário, que três dias depois do furto, foi assassinado. “Segundo apurou-se em sede de investigação policial, em janeiro de 2020, a vítima conferiu uma procuração com amplos poderes ao denunciado Wellison para que ele pudesse resolver problemas acerca de uma herança, tendo em vista que era pessoa de sua confiança, e ele começou a acessar à conta da vítima”, detalhou a denúncia.


Foto: Reprodução/ WhatsappWellison Torcato Lopes e a vítima, José Alves de Sousa, respectivamente
Wellison Torcato Lopes e a vítima, José Alves de Sousa, respectivamente

Desse modo, o réu Wellison Torcato Lopes foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado mediante pagamento de recompensa para assegurar a impunidade em outro crime, furto qualificado e corrupção de menores. Ele recebeu a pena de 33 anos, 10 meses e 24 dias em regime fechado.

O crime

O homicídio aconteceu no dia 12 de março de 2020, por volta do meio-dia, em frente a um estabelecimento comercial situado no Conjunto Betânia, bairro Planalto, em Parnaíba. José Alves de Sousa, conhecido como “Caxingó” foi assassinado com dois disparos de arma de fogo.

Segundo consta nos autos do processo, o acusado Wellison Torcato Lopes participou ativamente do planejamento do assassinato da vítima. Ele aproveitou-se da amizade que mantinha com José Alves de Sousa para subtrair da conta bancária dele o montante de R$ 138 mil. Depois de ser descoberto, Wellison planejou o homicídio, contratando um traficante de drogas para atentar contra a vida da vítima. O traficante, por sua vez, prometeu R$ 2.500 para dois adolescentes viciados em drogas para executar a vítima.

No dia do crime, os adolescentes deslocaram-se em uma motocicleta até o local onde encontrava-se a vítima. Um deles desceu do veículo e efetuou os dois disparos de revólver à curta distância, surpreendendo José Alves, que estava sentado em uma cadeira, desarmado. Em seguida, os adolescentes empreenderam fuga do local e posteriormente, foram identificados, localizados e detidos.

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