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Teresina - Piauí

Após 4 anos, ex-PM ainda não foi julgado pela morte de Emilly Caetano

Emilly foi morta com dois tiros durante abordagem policial no dia 25 de dezembro de 2017, em Teresina.

Quatro anos depois de uma abordagem policial mal sucedida que resultou na morte da pequena Emilly Caetano, 9 anos, no dia 25 de dezembro de 2017 em Teresina, o ex-policial militar Aldo Luís Barbosa Dornel e o cabo Francisco Venício Alves ainda não foram a julgamento.

Aldo Luís foi pronunciado pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio contra os pais e as duas irmãs de Emilly. Já o policial Francisco Venício será julgado apenas pelo crime de fraude processual, assim como Dornel.


Foto: Facebook/Dayanne Evandro Emilly Caetano
Emilly Caetano

O processo principal está parado desde abril de 2019, quando os autos foram remetidos para o Tribunal de Justiça após os denunciados ingressarem com recurso contra a sentença de pronúncia.

Já na segunda instância, os denunciados tiveram dois recursos negados pela 1ª Câmara Especializada Criminal, sendo que a última movimentação foi registrada na última terça-feira (23), constando como conclusos ao relator.

Relembre o caso

Emilly Caetano da Costa morreu ao ser atingida com dois tiros durante uma abordagem da Polícia Militar na Avenida João XXIII, na zona leste de Teresina, na noite do dia 25 de dezembro de 2017. A criança, juntamente com os pais e duas irmãs, estavam em um veículo modelo Renault Clio.

Evandro Costa e Dayanne Costa, pais de Emilly, também foram baleados dentro do carro. Evandro foi internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Na época, os policiais Aldo Dornel e Francisco Venício Alves chegaram a ser presos no presídio militar, e posteriormente Dornel teve prisão preventiva decretada.

Denúncia

Segundo denúncia do Ministério Público do Estado, no dia 25 de dezembro de 2017 os policiais estavam realizando ronda policial quando foram abordados por um rapaz, que informou ter sofrido uma tentativa de assalto e que os responsáveis estariam em um veículo com características semelhantes ao utilizado pelas vítimas. Após a notícia sobre o suposto roubo, os acusados avistaram o carro da família e tentaram realizar uma aproximação (com o giroflex da viatura desligado).

Contudo, Evandro Costa, imaginando que seria multado em razão da desatenção às normas de trânsito (pois sua filha menor de 01 ano não estava no bebê conforto), tentou desvencilhar-se da viatura policial, o que chamou a atenção dos militares, iniciando uma perseguição ao seu veículo (a viatura, ainda com o giroflex desligado).

De acordo com a denúncia, em certo momento os acusados fizeram indicativo de parada, ligando o giroflex da viatura, quando o veículo ocupado pelas vítimas estacionou próximo à Concessionária Alemanha Veículos, no que o policial Dornel iniciou uma sequência de disparos contra o carro atingindo fatalmente, Emilly, enquanto Francisco Venicio Alves, concomitantemente, efetuou dois disparos para o alto.

Consta ainda que, após o ocorrido, os denunciados recolheram estojos e projéteis de arma de fogo da cena do crime e modificaram a posição da viatura policial, alterando o referido local antes da chegada dos peritos criminais.

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