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Barras - Piauí

Policial que matou traficante em Barras agiu na legalidade, diz delegado

Segundo Marcelo Leal, um inquérito será instaurado para não restar dúvidas sobre a legalidade da ação.

O Gerente de Policiamento do Interior da Polícia Civil do Piauí, delegado Marcelo Leal, afirmou em entrevista do GP1 na manhã desta quinta-feira (21), que não houve nenhum excesso por parte do policial civil que atirou contra o traficante “Jamaica” na tarde dessa quarta-feira (20), na cidade de Barras. Mesmo assim, segundo o delegado, um inquérito será instaurado para não restar dúvidas sobre a legalidade da ação policial.

De acordo com Marcelo Leal, “Jamaica” era conhecido da polícia e inclusive já havia sido preso em uma operação da Polícia Civil. “Os policiais civis avistaram um indivíduo em atitude suspeita e resolveram abordá-lo. Já era um suspeito conhecido dos policiais locais porque já havia sido preso em outras ocasiões por tráfico de drogas. Então após a abordagem houve uma reação por parte desse indivíduo e ele acabou indo contra os policiais civis, uma dupla de policiais, um policial do sexo masculino e uma policial do sexo feminino e após a reação, infelizmente, o policial, para neutralizar a ação daquele indivíduo, acabou efetuando um disparo de arma de fogo contra ele. Em seguida ele foi socorrido para o hospital local de Barras e foi a óbito. Segundo informações, ele estaria armado com uma faca e teria tentado contra os policiais. A faca foi apreendida juntamente com uma quantidade de droga. Esse indivíduo já conhecido, já havia sido preso em uma operação policial em 2019”, relatou Marcelo Leal.


Foto: Alef Leão/GP1Marcelo Leal, Gerente de Policiamento do Interio
Marcelo Leal, Gerente de Policiamento do Interio

O delegado explicou que após a ocorrência, todos os procedimentos de praxe foram realizados e um inquérito foi instaurado na Corregedoria da Polícia Civil. “Logo em seguida a autoridade policial local tomou as providências de praxe com a requisição de exames periciais por parte da criminalística, envio do corpo ao IML de Teresina e o inquérito policial vai ser tocado pela Corregedoria da Polícia Civil”, informou Marcelo Leal.

Marcelo Leal disse ainda que, a princípio não foi verificado nenhum excesso por parte dos policiais civis, mas que o inquérito foi instaurado justamente para não restar dúvidas a respeito da legalidade da ação. “Os policiais permanecerão em serviço, pois a priori não foi verificado nenhum excesso por parte deles, tudo foi feito dentro da legalidade, inclusive, se há um perigo contra um policial, a lei permite que haja uma reação. No caso foi uma reação proporcional, mas vai ser investigado pela Corregedoria por meio do inquérito policial para apurar se está dentro da legislação”, completou Marcelo Leal.

Manifestações

Após a morte de “Jamaica”, uma onda de indignação tomou conta de parte da população de Barras, que chegou até a realizar uma manifestação na cidade. Isso porque, segundo os moradores, o traficante desenvolvia diversos projetos sociais na região.

O delegado Marcelo Leal frisou que as ações sociais desenvolvidas pelo criminoso não amenizavam os crimes que ele praticava. “Segundo informações ele era querido na localidade dele porque fazia alguns trabalhos sociais, mas para nós, infelizmente, ele tinha uma atividade criminosa, tanto que ontem, ao ser abordado, estava com drogas. Se por um lado ele fazia caridade, por outro traficar é bem mais danoso que uma eventual caridade”, pontou Marcelo Leal.

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