A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seccional Piauí, informou nesta quarta-feira (18) que está acompanhando os procedimentos de investigação da Polícia Civil no caso da prisão da funcionária do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), Kelly Layane Rodrigues Ferreira. De acordo com a OAB, o acompanhamento do caso está sendo feito pela Ouvidoria da entidade e pelas Comissões de Relação com o Poder Judiciário, e de Direito da Família.
A presidente da Comissão de Direito da Família, Ana Letícia Arraes, afirmou que a OAB Piauí está aguardando os relatórios das investigações para poder atuar no sentido de ajudar a inibir esse tipo de prática no âmbito do Poder Judiciário. A funcionária presa por receber propina trabalhava como terceirizada na 5ª Vara Cível de Direito da Família.
“Estamos acompanhando o caso junto ao Tribunal e vamos aguardar os relatórios das investigações para que possamos atuar para inibir esse tipo de prática que fere a Justiça e a cidadania. Vamos continuar visitando as Varas de Família e Sucessões para analisar o funcionamento. Vamos também levar as queixas e sugestões da advocacia para que os juízes tenham conhecimento e para que possamos melhorar a situação”, disse a advogada.
O presidente da Comissão de Relação com o Poder Judiciário, Thiago Brandim, ressaltou que o caso em questão é de extrema gravidade e precisa ser acompanhado de perto pela OAB Piauí.
“Esse fato é de extrema gravidade, portanto, é do total interesse da OAB acompanhar a investigação, inclusive, para afastar a suspeita de participação de outros servidores, com o escopo de afastar quaisquer dúvidas quanto a lisura e correção dos trabalhos na unidade judiciária, medidas basilares do Poder Judiciário”, pontuou o advogado.
O ouvidor-geral da OAB Piauí, Rodrigo Vidal, reforçou que ao final das investigações a entidade vai encaminhar um relatório para a presidência do TJ-PI, com o intuito de coibir casos semelhantes. “A OAB Piauí está vigilante e queremos que o caso seja apurado”, concluiu o advogado.
Prisão
Kelly Layane Rodrigues Ferreira, 26 anos, foi presa na última segunda-feira (16) no estacionamento do Fórum Cível de Teresina, após ser flagrada recebendo propina de R$ 2 mil para agilizar o andamento de um processo. Ela teve a prisão em flagrante convertida em preventiva nesta terça (17).
Ver todos os comentários | 0 |