Um fato ocorrido no Teresina Shopping na última quarta-feira (12) tem repercutido nas redes sociais na Capital piauiense. A jornalista Astrid Lages, mãe de uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), se desentendeu com a funcionária de um espaço para crianças instalado no shopping, esta mulher teria praticado ato discriminatório contra seu filho. O vídeo que registra o momento viralizou nas redes sociais.
Nas imagens, é possível observar Astrid Lages, que veste roupa preta, sendo contida por seguranças do shopping, enquanto esbraveja com a mulher acusada de ter sido preconceituosa. “Eu tô [sic] cansada de preconceito, eu tô [sic] cansada de preconceito contra o meu filho que é autista”, disparou a mãe, indignada.
Na sequência, é possível ouvir ela pedindo aos seguranças para que fossem junto com ela ver o seu filho. Nas redes sociais, internautas manifestaram apoio à mãe, aclamando a atitude dela em defender a criança e expressando solidariedade com a luta das mães de pessoas com Transtorno do Espectro Autista contra o preconceito.
"Triste, só quem sente é a mãe, infelizmente, um mundo rodeado de preconceito e principalmente falta de noção. Eu não esperava menos de uma mãe!", elogiou um internauta. "Só quem passa pela situação é quem sabe e não tem coisa pior no mundo do que mexer com filho, desestrutura qualquer mãe", disse uma segunda internauta. "Triste uma cena dessa. A dor dessa mãe vendo um filho sofrer preconceito, me parte o coração", desabafou.
O que diz a mãe
Ao GP1, Astrid Lages, que é idealizadora do Movimento Autismo Legal Teresina, afirmou que o seu filho foi expulso do parquinho, apenas por ter tentado pular um cercadinho. A mãe também reclamou do fato de um espaço infantil não possuir estrutura nem pessoal capacitado para cuidar de crianças com autismo ou com outras condições especiais.
“O que aconteceu ali foi que meu filho, autista, de oito anos, foi expulso do parque. Simplesmente porque estava tentando pular um cercadinho. Era a segunda vez que ele ia. Aliás ele já foi lá outras vezes e sempre faz isso. Elas ligam, eu vou pegar. Na quarta já tinham ligado. Fui pegar, apesar de que um parque com aquela estrutura deveria ter pessoas capacitadas para atender crianças, não só autistas, mas com qualquer dificuldade”, desabafou Astrid Lages.
Outro lado
O GP1 entrou em contato com a assessoria do Teresina Shopping, que preferiu não se manifestar. O espaço está aberto para esclarecimentos.
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