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Teresina - Piauí

Juliana Vieira fala sobre aprendizado após 1 ano na seleção

O Badminton ganhou todas as medalhas de ouro nos jogos de Assunção e Juliana foi responsável por 3 deles.

O Badminton é uma modalidade dominada mundialmente por atletas asiáticos. Isso lá no Oriente. No Ocidente, de forma mais específica na América do Sul, o Brasil é o grande expoente mundial e conseguiu manter sua hegemonia após um aproveitamento de 93% nos Jogos Sul-Americanos de Assunção, no Paraguai.

Realizado a cada quatro anos, o Brasil superou o desempenho da edição passada, quando acumulou quatro ouros. De Cochabamba 2018 para cá, a evolução foi estrondosa: foram 11 medalhas e todos os ouros possíveis na competição, seis. Veja como foi.


O GP1 Esporte conversou com Juliana Vieira, campeã no simples feminino sobre Sâmia Lima e nas Duplas Femininas junto com Sânia Lima, a caçula da seleção brasileira com 18 anos, em meio a rotina intensa de treinamentos contou à nossa reportagem sobre seu primeiro ano de seleção e o cotidiano de treinamentos e o desempenho do Time Brasil durante os jogos Sul-Americanos.

Foto: Arquivo pessoalJuliana Vieira foi campeão na simples feminina, na dupla feminina e por equipes
Juliana Vieira foi campeão na simples feminina, na dupla feminina e por equipes

“Faz exatamente 1 ano e um mês que eu estou na seleção brasileira e, parece pouco tempo, mas acaba sendo um período muito longo de treinamentos, campeonatos, testes. Eu sou a mais nova da seleção então eu tenho um leque muito grande de grandes atletas com uma bagagem grande, não só de carreira no badminton, mas de vida em geral e isso acaba me ajudando muito. Neste um ano aqui na seleção, eu percebi muitas mudanças, mas acima de tudo muita evolução de todas as partes, desde os atletas ao técnico”, disse Juliana.

A construção do Brasil enquanto protagonista da modalidade no continente passa diretamente pelo desempenho dos atletas piauienses. Em um time de oito integrantes, cinco deles (Fabrício, Juliana, Jaquelina, Sânia e Samia), são crias do Piauí. Agora, o objetivo é o fortalecimento das duplas femininas, que começam a competir a nível mundial, se colocando de forma mais acirrada na corrida Olímpica.

“O Brasil sempre foi um destaque na América do Sul em todos os campeonatos realizados aqui, então isso acaba nos trazendo confiança e um pouco de moral na hora da quadra, no momento de entrar no chaveamento dos confrontos eles [os adversários] já terão um respeito pela nossa trajetória e pelos bons resultados que o Brasil vem mantendo durante todos esses anos na América do Sul e conseguimos comprovar esse fato agora nos Jogos Sul-americanos em que ganhamos todos os ouros possíveis, o Brasil saiu com 93% de aproveitamento em todas as finais e somente um que não foi Brasil x Brasil, então esse foi um saldo muito positivo para a Confederação Brasileira, para o Time Brasil para nossa visibilidade, entender como está nosso nível, ver que o trabalho está sendo bem feito e estamos seguindo pelo caminho certo”, analisou Juliana.

Foto: Gaspar Nóbrega/COBJuliana Vieira
Juliana Vieira

Corrida Olímpica e trabalho mental

Se 2022 foi o ano do aperfeiçoamento, 2023 estará para Juliana como o ano do foco. Em momentos de extrema concentração, quando um túnel se forma na mente do atleta e tudo que se vê é a quadra, a atleta destaca o trabalho mental e a maneira de gerir a pressão como imprescindíveis para garantir que os resultados venham. Para entrar bem na corrida olímpica, que começa em março de 2023. Atualmente na 90ª posição do Ranking Mundial, Juliana dá importância a cada treino e cada ponto conquistado em quadra como um passo rumo a Paris em 2024.

Foto: Arquivo pessoalJuliana recebe medalha de ouro
Juliana recebe medalha de ouro

“Em março de 2023 quando começar a corrida Olímpica, entrar no Ranking Olímpico bem, com o pé direito e visar campeonatos chaves, importantes, manter o bom desempenho, manter também, claro o foco, a resiliência, a preparação mental que é super importante. Olímpiadas são o sonho de todo atleta então todo mundo vai se matar para estar em Paris, então todo mundo treina, se esforça, vai para os campeonatos, mas o diferencial nesses momentos é a cabeça, o pensamento positivo, o foco, o profissionalismo e como você consegue gerir essa pressão, das Olímpiadas em si, estar lá, buscar seu melhor resultado uma medalha Olímpica, então isso traz uma responsabilidade e um peso para o atleta, então tem que saber gerir muito bem essas emoções e sentimentos no propósito de cada atleta, que é chegar até lá e estar entre os melhores atletas do mundo”, finalizou Juliana.

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