A Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), prendeu nesta sexta-feira (18), na zona leste de Teresina, um empresário de nome não revelado, suspeito de crime ambiental. Ele é proprietário de uma metalúrgica que estaria infringindo a Lei de Crimes Ambientais, com a prática de poluição sonora.
O GP1 conversou com o delegado Emir Maia, titular da DPMA. Ele informou que a metalúrgica fica localizada na Avenida Geovane Prado, no Bairro Samapi, e que a poluição sonora vem sendo denunciada constantemente pelos vizinhos. Além disso, os moradores relatam a ocorrência de poluição atmosférica.
O delegado lembrou que no final do mês passado os donos da metalúrgica já haviam sido autuados, e como a situação não se resolveu, hoje a polícia atuou novamente a empresa e prendeu um dos donos.
“Essa metalúrgica vem funcionando há mais de um ano causando problemas de saúde aos vizinhos, com a poluição sonora e a poluição atmosférica produzida pelos cortes de ferro. No final do mês passado eles foram autuados pelo artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais e hoje eles foram autuados novamente”, detalhou.
Emir Maia revelou que outros órgãos já interviram na situação, mas que os proprietários da metalúrgica nunca cumpriram nenhum acordo. “Os proprietários da metalúrgica já assinaram termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público, mas nunca cumpriram, já foram autuados diversas vezes pelo Batalhão de Polícia Ambiental e também foram multados pela Secretaria de Meio Ambiente e pela SDU, entretanto eles continuam a infringir a lei e prejudicar a saúde das pessoas”, contou.
Danos à saúde
Segundo o delegado, a poluição sonora e atmosférica tem gerado inúmeros transtornos e problemas de saúde físicos e emocionais aos moradores vizinhos.
“A poluição sonora está gerando crises de ansiedade, depressão, está deixando um recém-nascido de oito meses nervoso, tem uma senhora que é professora e não consegue mais ministrar aula on-line por conta do barulho, que é de manhã e de tarde inclusive aos sábados, então já passou de perturbação do sossego, nós já estamos falando de crime ambiental. Há pessoas que já desenvolveram problemas respiratórios, por conta do cheiro forte de tinta e da fuligem produzida pela máquina que corta o ferro, e mesmo assim eles continuam a trabalhar, e hoje foram autuados novamente”, colocou.
O titular da DPMA disse que o empresário foi preso por volta das 11h de hoje e conduzido à sede da delegacia, mas ao final da tarde pagou fiança e foi liberado. “Um dos sócios foi preso, mas pagou fiança no valor de R$ 2,200,00. Dessa vez apreendemos uma máquina que pesa aproximadamente umas 100kg, que é a responsável pela poluição sonora e atmosférica”, finalizou o delegado Emir Maia.
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