O juiz Diego Ricardo Melo de Almeida, da 2ª Vara da Comarca de Pedro II, concedeu prisão domiciliar a Maria Nerci dos Santos Mourão, acusada de participar da morte da filha, a advogada Izadora Mourão, assassinada a facadas no dia 13 de fevereiro. A decisão foi dada nessa quarta-feira (10).
O pedido foi feito pelo Ministério Público do Estado do Piauí e acatado pelo magistrado que considerou a idade de Maria Nerci e o fato dela ser a única responsável pelos cuidados do seu outro filho que é incapaz.
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Com a decretação da prisão domiciliar, Maria Nerci fica proibida de manter qualquer contato com as testemunhas apontadas na denúncia, inclusive por meio telefônico, de sair de sua residência no período noturno, a partir das 18 horas até às 6 horas do dia seguinte, salvo se para tratamento médico, ambulatorial ou hospitalar, realizados na cidade para si ou seu filho devendo, para tanto, ser comunicado o Conselho Tutelar.
Irmão e mãe no banco dos réus
Na mesma decisão que decretou a prisão domiciliar de Maria Nerci, o juiz recebeu, em todos os seus termos, a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado do Piauí contra o jornalista João Paulo Santos Mourão e a mãe, Maria Nerci dos Santos Mourão, acusados de homicídio triplamente qualificado praticado contra a advogada Izadora Santos Mourão. No homicídio qualificado, a pena prevista é a de reclusão de 12 (doze) a 30 (trinta) anos de cadeia.
João Paulo e Maria Nerci foram apontados pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa – DHPP – com os responsáveis pelo assassinato da advogada, que foi morta com sete golpes de faca, a maioria deles desferidos no pescoço da vítima que sequer teve chances de defesa.
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Morte da advogada
Izadora Santos Mourão, 41 anos, foi assassinada com pelo menos sete facadas dentro de casa, no município de Pedro II, no dia 13 de fevereiro deste ano. A princípio, circulou a informação de que ela teria sido morta por uma mulher, que sequer foi identificada.
Prisão do irmão
O irmão de Izadora, João Paulo Mourão, foi preso na tarde desta segunda-feira (15), acusado de assassinar a advogada a facadas. A Polícia Civil prendeu o jornalista em flagrante em sua residência na cidade de Pedro II.
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Mãe criou álibi
A mãe de Izadora, identificada como Maria Nerci, poderá ser indiciada por participação no crime, pois de acordo com a Polícia Civil, a idosa pode ter criado um falso álibi para acobertar o filho, o jornalista João Paulo Mourão.
“A mãe dele, quando viu a moça morta, a primeira coisa que fez, em vez de ligar para a polícia, ligou para uma faxineira para ela [a faxineira] dizer que ele [João Paulo] estava dormindo, para criar um álibi”, disse Barêtta.
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