O caso de Renata Pereira da Costa, jovem de Nazaré do Piauí desaparecida há exatos 39 dias, parece estar longe de ser elucidado. A família da moça, que está contando com apoio da Frente Popular de Mulheres Contra o Feminicídio, cobra da Polícia Civil do Piauí mais celeridade nas investigações.
O GP1 conversou nesta sexta-feira (05) com o secretário de Segurança Pública do Piauí, Coronel Rubens Pereira, e ele informou que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) pode assumir as investigações do caso. Ele explicou que no dia 12 de fevereiro haverá uma reunião na sede da secretaria em Teresina, onde será debatida essa questão.
“A investigação está evoluindo, mas essa reunião é para acertarmos detalhes e, se possível, apoio de uma equipe do DHPP”, declarou o secretário.
A reunião contará com presença do delegado Bruno Ursulino, que é delegado regional de Floriano. “Virá o delegado Regional de Floriano, a Zenaide Lustosa, coordenadora estadual de Políticas para Mulheres, a delegada Bruna Verena, coordenadora do Departamento Estadual de Proteção à Mulher, e o gerente de polícia do interior”, explicou Rubens Pereira.
Sem respostas do delegado Bruno Ursulino
Nossa reportagem vem tentando há pelo menos uma semana falar com o delegado Bruno Ursulino, que está à frente da investigação, mas sem sucesso.
Motocicleta abandonada
A última informação sobre o caso foi revelada à nossa equipe pela família da moça, cuja motocicleta foi localizada pela polícia na última quarta-feira (03) em um matagal da cidade.
A moto encontrada, no entanto, é a única novidade sobre o caso e a família segue no escuro, sem qualquer pista sobre o que pode ter acontecido com Renata, que tem 29 anos é mãe de dois filhos, uma menina de 11 anos de um relacionamento anterior, e um menino de 4, com o ex-marido, esse que chegou a ser apontado por familiares como suspeito de envolvimento no desaparecimento da jovem.
Ex-marido já foi vereador
O ex-marido de Renata já foi vereador de Nazaré do Piauí. De acordo com a família da moça, os dois mantinham um relacionamento conturbado. De acordo com Andréa Pereira, irmã da jovem, a relação era marcada por brigas. “Sim [era uma relação conturbada], com muitas brigas, ciúmes da parte dele”, relatou ao GP1 na última terça-feira (02).
Frente de Mulheres Contra o Feminicídio
A Frente de Mulheres Contra o Feminicídio, que acompanha o caso desde o início, foi informada da possibilidade de o DHPP assumir as as investigações, no entanto, o grupo reivindica que o desaparecimento da jovem seja investigado pelo Núcleo de Feminicídio. “É o que disseram desde a última reunião com a Frente. Nós reivindicamos que o Núcleo de Feminicídio assuma, é o lógico. Enfim, enviamos outro documento para o secretário nesse sentido”, afirmou Madalena Nunes, coordenadora do grupo.
Quem tiver informações sobre o paradeiro de Renata pode entrar em contato através dos números de telefone: (11) 95393-6710 ou (89) 99403-5823.
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