Permissionários do Shopping da Cidade, ambulantes do Troca-Troca e comerciantes do Mercado Velho, em Teresina, não deverão seguir o decreto do Governo do Estado, que determina a suspensão das atividades econômicas presenciais não-essenciais no período de 24 de fevereiro a 07 de março de 2021.
De acordo com o presidente do sindicato dos microempreendedores de Teresina, Péricles Veloso, cerca de 1.860 empreendimentos deverão abrir as portas amanhã em protesto à medida restritiva imposta pelo Governo do Estado. Com o decreto, fica proibido o funcionamento de shoppings centers, lojas do centro, escolas e igrejas. Bares e restaurantes só poderão funcionar da forma delivery durante estes doze dias. Já as academias poderão funcionar, pois as atividades físicas foram incluídas como essenciais.
“Nós vamos abrir, ninguém vai fechar o Shopping. São 1.860 empreendimentos, mais o troca-troca, pessoal do mercado velho, vai todo mundo abrir suas lojas, suas barraquinhas. Queremos mostrar para o governo que quem manda somos nós, infelizmente temos que aturar a incompetência desse governo. Não vamos seguir o decreto não, a não ser que eles queiram bancar uma mesada para todo esse pessoal aqui ficar em casa”, explica o presidente do sindicato.
Protesto
A categoria realiza um protesto na manhã desta terça-feira (23), que deu início em frente ao Palácio de Karnak e deve seguir para a Avenida Maranhão, onde fica o Shopping da Cidade e o Troca-Troca. Para o representante, a decisão de fechar parte do comércio é desigual e prejudica os pequenos comerciantes que dependem das vendas para sobreviver.
“Nós vamos lutar até o fim, vamos resistir. São 3 mil famílias que dependem disso e não vamos abrir mão, vamos manter o nosso trabalho, essas pessoas vendem hoje para ter o que comer amanhã. É muito fácil chegar aqui e mandar fechar, o que esse pessoal vai comer amanhã? Os ambulantes que vendem suas coisas, sua água mineral, seu cafezinho, eles precisam disso. Essa decisão é individualista, se é para fechar porque não fecha tudo então? Por que os supermercados que têm muito mais aglomeração vão poder ficar abertos? Não tem condição de seguir esse decreto”, finalizou.
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