PM é preso suspeito de receber propina durante blitz em Teresina

Um cabo da Polícia Militar do Piauí, lotado na Companhia Independente de Policiamento e Trânsito (Ciptran), foi preso em flagrante pela Corregedoria da Polícia Militar, suspeito de cobrar propina de um motociclista durante uma blitz na zona sul de Teresina. O PM, identificado como Adilson Alves Ferreira, foi detido nesta terça-feira (09) e nesta quarta (10), após audiência de custódia, teve a prisão convertida em preventiva pelo juiz Raimundo José de Macau Furtado, da 9ª Vara Criminal de Teresina.

Um vídeo em que o policial aparece recebendo a suposta propina de um motociclista viralizou nas redes sociais na tarde dessa terça-feira (09). O PM acabou sendo identificado e foi preso em flagrante ainda na tarde de ontem.

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Conforme o subdiretor de comunicação da Polícia Militar do Piauí, major Tiago, o policial passou por audiência de custódia, onde o juiz decidiu pela manutenção da prisão.

“Após receber o vídeo que estava circulando nas redes sociais, foi identificado que o policial estava de serviço ontem. As informações foram passadas para a Corregedoria e para o comando da unidade a qual o policial pertence, ele foi identificado e ontem mesmo ele foi autuado em flagrante. Agora o processo corre normalmente para que o policial possa apresentar suas razões de defesa e dar a sua versão dos fatos”, disse o major.

Ainda conforme o major Tiago, também serão instaurados um inquérito militar e um conselho de disciplina contra o policial. “Será instaurado o inquérito policial militar, que vai correr no processo penal militar e também será instaurado um conselho de disciplina, que é um procedimento administrativo que vai apurar todas as circunstâncias do fato e ao final identificar se o policial tem ou não condições de permanecer nas fileiras da corporação de acordo com a sua culpabilidade ou não”, completou.

Prisão preventiva

A decisão pela prisão preventiva se deu após parecer favorável do Ministério Público do Estado do Piauí, por meio do promotor Assuero Stevenson. O magistrado entendeu que casos como esse, que será investigado, compromete a confiança que a sociedade tem na corporação da Polícia Militar.

“Por todo o exposto, e consoante as assertivas legais acima aduzidas converto o flagrante em prisão preventiva, visto que, existe prova da materialidade, ao menos em uma primeira análise, além de indícios suficientes de autoria e por não haver dúvidas de que a conduta perpetrada fere os princípios basilares da hierarquia e disciplina militares, motivada para a preservação da ordem pública, já que entendimento diverso levaria a uma repercussão negativa nos que compõem as fileiras da Polícia Militar do Piauí. Acompanhando parecer do membro do Ministério Público, determino a instauração de Inquérito Policial Militar para que todas as eventuais circunstâncias sejam elucidadas”, decidiu o juiz Raimundo José de Macau Furtado.