Sinduscon pede retorno das atividades da construção civil em Teresina

Após o prefeito Firmino Filho assinar novo decreto nesta quinta-feira (07) mantendo a suspensão das atividades da construção civil em Teresina, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Francisco Reinaldo, voltou a defender a necessidade de retomada gradual e responsável dessa atividade. Tais serviços estão suspensos por conta da pandemia de coronavírus (covid-19).

A decisão da Prefeitura de Teresina vai de encontro ao entendimento na esfera federal, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro baixou um decreto incluindo a construção civil e a indústria nas atividades essenciais durante o período de quarentena.

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"O Estado precisa começar essa retomada gradual e segura. Aqui, a indústria tem uma relevância muito grande no nosso Estado. Nós recebemos com bastante animação a notícia do decreto. Tenho falando isso há algum tempo, inclusive em conversas com o governador do Estado, em relação às paralisações que estamos tendo em Teresina e no Piauí, de que o segmento está sendo muito bem visto pelo Governo Federal e nós temos certeza que na retomada total, o setor será muito forte. E é importante que as empresas estejam preparadas porque vamos ter boas notícias", falou Reinaldo.

• Foto: Divulgação/AscomFrancisco Reinaldo á direita da foto

Mesmo com o decreto de Bolsonaro, ainda é facultado aos estados e municípios o direito de dialogarem sobre quais serviços devem retomar de forma gradual para conter a disseminação do vírus. O presidente do Sinduscon disse que é preciso reforçar a necessidade de discutir a retomada do setor com os demais órgãos competentes.

"Não gostaríamos de usar esse decreto para forçar uma volta, o que queremos é voltar com responsabilidade, de forma coordenada, de comum acordo com as autoridades locais e o Sindicato dos Trabalhadores. Esse é o nosso objetivo. O decreto é importante e é bom que tenha sido editado, mas preferimos o diálogo", ponderou ele.

Francisco Reinaldo disse ainda que foram apresentados à Prefeitura de Teresina os protocolos que as empresas devem adotar na retomada das atividades.

“Entre elas, o uso de máscaras, álcool em gel distribuído ao longo das obras, que normalmente são abertas. Também está incluso a medição da temperatura dos trabalhadores nos canteiros de obras na chegada. Divisão do horário de almoço ou ampliação dos refeitórios, caso haja possibilidade. Poucos países pararam as obras. No Brasil, também foram poucos os estados. Isso mostra que não há uma ligação direta entre o alastramento da pandemia e a paralisação das obras", detalhou.

Ele ainda informou que o Governo Federal vai adotar várias medidas de incentivo à construção e que, portanto, seria importante que os escritórios voltassem a funcionar para elaborar projetos. "Temos que nos preparar para essa demanda que vai vir. Se nós não fizermos isso, mais uma vez o Piauí vai ficar para trás, porque não teremos projeto. Já se reclama muito que não tem projeto na área governamental e agora na área privada também não vai ter? O Estado precisa começar essa retomada gradual e segura", frisou Francisco Reinaldo.

Reinaldo destacou que os diálogos com o Sindicato dos Trabalhadores e com a Prefeitura de Teresina têm acontecido para reforçar a necessidade de dar continuidade às obras.

"Temos tido cuidado de mostrar os protocolos que as empresas poderão estar adotando, e deverão adotar, para essa retomada segura. O Sindicato dos Trabalhadores está sensível a essa questão, temos conversado com eles, e a Prefeitura está analisando. O que a gente espera realmente é que a Prefeitura venha de encontro ao segmento para que a gente possa retomar as atividades com toda a segurança", pontuou.

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