A Petrobras afirmou nesta quinta-feira (12) que reduziu o preço da gasolina em 9,5%, ou R$ 0,16 o litro, e do diesel em 6,5%, em R$ 0,125 o litro em todas as praças. A queda vem em resposta à drástica redução do preço do petróleo no mercado internacional.
Em entrevista ao GP1, o presidente do Sindicato dos Proprietários dos Postos de Combustíveis no Piauí, Alexandre Valença, explicou que a redução deve chegar nas bombas aqui no Piauí entre uma semana e dez dias, mas disse que o preço depende do valor que as distribuidoras irão passar para os donos de postos.
- Foto: Lucas Dias/GP1Gasolina
“Essa redução vai chegar nas bombas, mas os postos não compram direto na refinaria, eles compram de distribuidoras. Agora é esperar que as distribuidoras baixam o preço, que normalmente não acontece de imediato, elas precisam dar uma reduzida nos estoques, para que a gente comece a comprar com o preço mais em conta e comece a repassar para o consumidor. É natural que essa redução chegue nas bombas, mas não é hoje que vai chegar. A data exata é uma decisão de cada dono de posto. Acredito que alguma coisa entre uma semana e dez dias pode chegar nas bombas”, contou o presidente.
Estoques
Alexandre Valença afirmou que a demora para a redução chegar no consumidor se dá por conta dos estoques das distribuidoras. Ele ressaltou que a redução da Petrobras é nas refinarias, do produto puro, o que não tem ligação direta com o combustível dos postos.
“Os postos não compram das refinarias, é da distribuidora. Vamos dizer que hoje ela começa a comprar mais barato, mas tem um estoque do material que comprou mais caro. Quando ela começar a vender o que comprou no preço mais em conta, ela vai repassar para os postos e assim é a mesma conversa com os postos, na medida que eles começarem a comprar mais barato, eles vão repassar para as bombas. Nós vamos ter uma realidade maior quando as distribuidoras passarem para a gente. E tem outras contas, como os impostos de cada estado, porque são diferentes, a repercussão no estado de São Paulo será maior que no Piauí, porque o imposto lá é menor do que o do Piauí”, destacou.
Entenda a redução nas refinarias
Desde o início do ano a commodity vem caindo de preço por causa do Coronavírus, que ameaça o crescimento da economia global, e mudou de patamar nos últimos dias por uma queda de braços entre a Rússia e a Arábia Saudita pelo volume de petróleo disponível no mercado.
Nesta quinta, o barril do petróleo operava por volta dos US$ 33, depois de ter aberto o mês de março em torno dos US$ 50.
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