Médicos, enfermeiros e terceirizados na área da saúde de vários municípios do Piauí ameaçam paralisar suas atividades em função dos atrasos no pagamento de salários. Segundo a assessoria do Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) há casos de médicos que não receberam o salário do mês de maio.
Em entrevista ao GP1, Danilo Santos, representante do Simepi no município de Floriano, alega que o problema existe desde de 2017. “Começou em fevereiro de 2017, com o diretor Anselmo e passou a atrasar esses pagamentos justificando não repasse da Sesapi. De lá para cá, já passou outro diretor, por nome Edmar, tivemos várias reuniões, inclusive, paralisação muito grande no ano passado, no mês de setembro, e de lá para cá, os problemas continuam”, explicou o médico.
Segundo Danilo, São Raimundo Nonato, Floriano e Picos são os principais munícipios prejudicados com o atraso salarial. Ainda de acordo com o Simepi, os médicos só podem suspender atendimentos se a decisão for tomada em Assembleia Geral Extraordinária, que ainda não há previsão para acontecer.
Outro lado
O GP1 tentou falar com a Secretária de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), mas sem sucesso. Já assessoria da Secretaria de Fazenda do Piauí (Sefaz), confirma os atrasos, mas diz que eles são pontuais. "A sefaz informa que há atrasos pontuais e que já está resolvendo a situação junto à Sesapi".
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí (CRM-PI), manifestou apoio às possiveis paralisações.
Confira a nota a integra:
“O Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí (CRM-PI) vem a público manifestar apoio às paralisações dos atendimentos (exceto urgência e emergência) por parte dos médicos que prestam serviços nos municípios de Floriano e São Raimundo Nonato ante os reiterados atrasos no pagamento dos seus salários. O CRM-PI informa que atuara? em defesa desses profissionais para que os débitos sejam quitados, uma vez que os médicos não podem ser penalizados nesse sentido, pois e? direito do profissional receber por um serviço já? prestado. Lamenta-se que os limites orçamentários e as mudanças na gestão, argumentos utilizados pelos gestores responsáveis, estejam causando prejuízos aos profissionais médicos. O CRM-PI reafirma seu compromisso com a ética e a defesa dos interesses dos profissionais da medicina, os quais atuam comprometidos com a oferta de assistência de qualidade a? população piauiense, e atuara? em favor dos médicos até a última instância”.
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