Laura Moura
Brunno Suênio
A delegada Fernanda Paiva, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Trânsito, informou ao GP1, nesta quinta-feira (04), que o empresário Junno Pinheiro Campos Sousa poderá responder na Justiça por homicídio. Junno estava conduzindo um carro de luxo, modelo Audi de cor vermelha, que colidiu com uma banca de revistas na madrugada da última segunda-feira (1º), no Complexo Ponte Estaiada, na zona leste de Teresina e resultou na morte do arquiteto João Vitor Oliveira Campos Sales.
Conforme a delegada, Junno poderá ser intimado em breve, após apresentar condições físicas para falar sobre o caso. “Vou procurar saber se ele está em condições. A partir disso, vou intimá-lo para comparecer à delegacia. Ele poderá responder por homicídio doloso ou culposo, vai depender do que a gente conseguir apurar”, confirmou.
- Foto: Helio Alef/GP1
Fernanda Paiva
Suspeita de racha
A Polícia Civil está colhendo materiais que possam contribuir para a apuração dos fatos. Até o momento, os investigadores obtiveram imagens das câmeras de segurança de uma concessionária de carros de luxo, situada na Avenida Raul Lopes, que flagrou o Audi. O que chamou a atenção foi a passagem de um segundo carro também em alta velocidade, o que faz surgir a suspeita de racha.
“Dá para notar que o carro estava em altíssima velocidade e incompatível com a via onde ocorreu o acidente. Uma outra curiosidade é que logo após ele passar, passou um outro carro em alta velocidade. Logo após o segundo, passou mais três veículos. Eu até pediria que esses condutores pudessem ajudar a nossa investigação para que seja feita a justiça, já que houve uma morte, que comparecesse até a delegacia para falar com uma autoridade policial ou que ligasse para a gente combinar, saber se tem alguma coisa para complementar. O telefone daqui é o 3216-5886”, frisou a delegada Fernanda Paiva.
- Foto: Helio Alef/ GP1
Local onde ocorreu o acidente
Pais de João Vitor Campos Sales foram ouvidos
Os pais da vítima do acidente, o arquiteto João Vitor Campos Sales, foram ouvidos pela delegada Fernanda Paiva nesta quarta-feira (03). A mãe do jovem alegou que entrou em contato com o filho por volta de 20h do domingo (31) e pediu para que ele voltasse para casa. João Vitor disse que também gostaria de voltar, porém, Junno Pinheiro não queria.
“Ontem eu ouvi os pais de João Vitor e a mãe dele relatou que a última vez que falou com o filho foi por volta das 20h. Ela disse para ele voltar para casa e ele afirmou que queria voltar, mas o Junno não queria. Ela ligou novamente às 02h e ele não atendeu. Depois, por volta de 05h, ela recebeu a ligação da avó dele dizendo que o Vitor não tinha aparecido. Então, a mãe dele foi até a Expoteresina, falou com o pessoal que estava lá, mas não conseguiu informações sobre o filho. Chegando em casa, ela recebeu uma ligação de que o filho havia sofrido um acidente e que o corpo havia sido removido pelo Instituto Médico Legal (IML)”, pontuou.
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