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Teresina - Piauí

Ordem para queimar ônibus em Teresina saiu dos presídios, diz Greco

Ao todo, 10 pessoas foram presas e um adolescente foi apreendido durante a Operação Ignis, deflagrada nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira.

Helio Alef/GP1 1 / 7 200 mil reais apreendidos pelo Greco 200 mil reais apreendidos pelo Greco
Helio Alef/GP1 2 / 7 Delegado Tales Gomes Delegado Tales Gomes
Helio Alef/GP1 3 / 7 Fábio Abreu Fábio Abreu
Helio Alef/GP1 4 / 7 Arma apreendida na casa de um dos membros da quadrilha Arma apreendida na casa de um dos membros da quadrilha
Helio Alef/GP1 5 / 7 Secretaria de Segurança Pública do estado durante coletiva Secretaria de Segurança Pública do estado durante coletiva
Helio Alef/GP1 6 / 7 Coletiva da Operação Ignis Coletiva da Operação Ignis
Helio Alef/GP1 7 / 7 Objetos de luxo também foram apreendidos Objetos de luxo também foram apreendidos

O coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), delegado Tales Gomes, deu detalhes da atuação da organização criminosa responsável pelos ataques a ônibus em Teresina, no mês de março deste ano, que acabou sendo desarticulada durante a Operação Ignis, deflagrada nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (26). Ele apontou Leo Gordinho como o comandante da quadrilha, com o qual foram encontrados cerca de R$ 200 mil durante a operação.

“O Leo gordinho juntamente com outros sujeitos, em contato com cinco presos que estão em nossos presídios em função de transferências que foram feitas dentro do nosso sistema prisional, resolveram queimar ônibus na zona sul de Teresina, foram contratados cinco sujeitos, identificados e alguns presos, a fim de fazer o incêndio desses ônibus”, explicou Tales Gomes.


De acordo com o delegado, os presos se comunicavam através de bilhetes e foi dessa forma que eles deram a ordem dos incêndios.“Fizemos um organograma, tinha o pessoal que estava na rua, que foi quem efetivamente queimou os ônibus e foram apreendidos bilhetes na penitenciária que mostra que cinco presos deram os comandos para o incêndio. Então eles se comunicavam através de bilhete mesmo, mas conseguimos interceptar”, completou o delegado.

De acordo com o secretário de segurança Fábio Abreu, com a prisão de Leo Gordinho foi possível chegar até os demais alvos, sendo que cinco deles já estavam presos e os demais já estavam sob força de mandado de prisão pronto para ser cumprido.

“Na madrugada de hoje foi feita a prisão do principal indivíduo [Leo Gordinho], que é o cabeça desse processo no estado do Piauí, e daí deflagrou-se a operação com os demais nomes que já estavam sendo acompanhados e já tinham mandados de prisão. Agora será dada continuidade às investigações”, destacou.

Ordem partia dos presídios

“Nós não temos dúvidas que esses indivíduos tiveram participação dos presídios com orientações externas, embora o líder estivesse fora do presídio, mas foi quem também confirmou essas ordem”, confirmou Fábio Abreu.

Apreensões

O delegado Tales Gomes informou ainda que além da apreensão do dinheiro, foram apreendidos ainda dois carros de luxo. “O Leo Gordinho estava em poder desse dinheiro como já foi dito, e ele estava negociando um carro no valor de R$ 190 mil reais. Então além do dinheiro, apreendemos esse carro e um outro carro também de valor elevado, carros de luxo. Já na casa do Alandilsson que também é considerado um dos cabeças da quadrilha, apreendemos uma arma de fogo, a quantia de R$ 5 mil reais e umas pulseiras, a investigação também vai tentar apurar a origem dessa quantia”, informou.

Lavagem de dinheiro

O delegado geral Luccy Keiko, informou que a investigação patrimonial é uma nova fase da operação que deverá comprovar a origem ilícita dos bens apreendidos.

“Ele tem o dinheiro ilegal, então ele compra um carro, ou um imóvel, revende e vai dando uma natureza lícita aqueles valores. Então esse valor, de acordo com informações que obtivemos ele adquiriu esse carro de luxo à vista, posteriormente venderia, e depois ficaria difícil saber a origem do primeiro valor adquirido. A lavagem de dinheiro primeiro constitui um crime autônomo justamente para que a gente venha a combater o patrimônio de pessoas envolvidas com o crime, principalmente no tráfico de drogas onde a lavagem de dinheiro é bem constante, então esse é um viés novo de incremento da investigação já existente no Greco, o indiciamento está sendo feito por organização criminosa, incêndio aos ônibus e agora a aquisição desses valores nós vamos apurar essa questão da lavagem de dinheiro”, esclareceu Keiko.

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