Dois irmãos identificados como Alan Pedrino da Silva Borges e Francisco de Assis da Silva Borges, presos na manhã desta quarta-feira (24), acusados de matar o porteiro Antônio Francisco Pinheiro de Oliveira no dia 19 de outubro de 2018, confessaram que praticaram o homicídio por conta de um estupro praticado por Antônio contra a mãe deles.
Conforme o delegado Hildson Rodrigues, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Antônio era porteiro de um condomínio situado na Avenida Marechal Barão de Castelo Branco. O estupro foi relatado pela mãe de Alan e Francisco, uma mulher de 54 anos. Ela explicou que o crime aconteceu no local de trabalho dela nas primeiras horas do dia 19 de outubro em um bar na Avenida dos Ipês.
- Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Hildson Rodrigues
“Segundo a mãe dos dois, ela estaria no seu local de trabalho, às 6h, um bar-lanchonete que fica na Avenida dos Ipês, quando foi surpreendida pelo acusado, que queria comprar uma garrafa de água mineral. Ela levantou a porta do estabelecimento, que ainda estava abrindo, adentrou e foi surpreendida pelo indivíduo com uma faca. Lá, ela teria sido estuprada. Depois a senhora fugiu, foi para casa dela e ele sumiu. Quando, por volta de 9h, ele retornou para a vila, foi reconhecido e assassinado. Ele já tinha o costume de frequentar a vila e a suspeita é de que ele ia para lá para usar drogas”, explicou.
O crime
Na manhã do dia 19 de outubro de 2018, Antônio Francisco Pinheiro de Oliveira foi encontrado morto nas margens da lagoa do dique na Vila Mandacaru, situada no bairro São João, zona leste de Teresina. A vítima foi encontrada com a garganta cortada e o pênis removido e depositado entre as nádegas.
Ao iniciar o trabalho de investigação, o delegado Hildson Rodrigues, responsável pelo caso, informou que o DHPP recebeu diversas denúncias anônimas, que o crime teria ocorrido por vingança e teria sido praticado por dois irmãos.
“Fomos atrás dos dois suspeitos, o Alan e o de Assis. Considerando que eles se evadiram de suas casas, sumiram, passaram um bom tempo, as suspeitas só aumentaram. Pedimos a prisão preventiva e, uma vez cumprida, obtivemos a confissão dos dois, sob a alegativa de que ele havia estuprado a mãe deles, uma senhora de 54 anos”, completou.
A mãe dos indivíduos informou também que antes do assassinato Antônio chegou a ser agredido pelos populares. “Ela acredita que eles [filhos] cometeram [o crime] em um momento de muita ira e ódio. Populares chegaram a dominar a vítima e a agrediu fisicamente, mas que os irmãos teriam tomado o indivíduo da população e o executaram a golpes de faca”, contou o delegado.
Alan e Francisco foram presos na manhã de ontem na Vila Mandacaru, mesmo lugar onde ocorreu o homicídio. Eles serão indiciados pelo crime de homicídio qualificado e por vilipendio a cadáver, pelo fato de terem cortado a genitália de Antônio.
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