O Ministério Público do Estado, por meio da promotora Liana Maria Melo Lages, instaurou no dia 25 de março, um procedimento investigatório criminal para apurar a transferência ilegal do preso Rogério Mattos da Luz, mais conhecido como Batman, para que ele tivesse uma visita íntima.
O GP1 chegou a noticiar a denúncia realizada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) da transferência de Rogério Mattos, que é considerado um criminoso de alta periculosidade e um dos maiores assaltantes de bancos do Brasil. Ele estava na Casa de Detenção Provisória de Altos e foi transferido para a Casa de Custódia, por um período inferior a 24h, para que pudesse ter relações sexuais com a parceira. Na Casa de Detenção de Altos não são permitidas visitas íntimas.
- Foto: DivulgaçãoTransferência de Rogério Mattos da Luz
A promotora disse que o caso aconteceu entre os dias 20 e 21 de março, e que teria ocorrido por corrupção ativa e passiva. Maria Melo disse que existe a necessidade de investigar de quem é a responsabilidade pela transferência, já que teria sido necessária uma decisão judicial.
Ela ainda determinou que o diretor da Casa de Custódia seja notificado e que compareça à Promotoria de Justiça nesta quinta-feira (28), às 9h, para prestar esclarecimentos. O secretário de Justiça, Daniel Oliveira, também será notificado para que apresnete manifestação escrita sobre o caso.
“O controle externo da atividade policial tem como objetivo manter a regularidade e a adequação dos procedimentos empregados na execução da atividade policial, bem como a integração das funções do Ministério Público e das Polícias, voltada para a persecução penal e o interesse público, atentando, especialmente, para o respeito aos direitos fundamentais assegurados na Constituição Federal e nas leis e a probidade administrativa no exercício da atividade policial”, destacou a promotora.
Rogério Mattos da Luz é apontado pela Polícia Civil do Piauí como um dos maiores criminosos que atuam em ações contra instituições financeiras no Brasil. Somente no estado do Paraná, ele já possui quatro processos e no Piauí acabou sendo preso no ano de 2016, em um desdobramento da Operação Forasteiros.
Outro lado
A Secretaria de Justiça não se manifestou sobre o assunto.
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