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Teresina - Piauí

Divisão de investigação de pessoas desaparecidas é inaugurada no Piauí

O setor, comandado pelo delegado Walter Cunha, será importante para constatar se o desaparecimento ocorreu por conta de um crime ou não.

A Delegacia Geral do Piauí inaugurou, na manhã desta terça-feira (05), a Divisão de investigação de pessoas desaparecidas que irá compor a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em Teresina. O setor, comandado pelo delegado Walter Cunha, será importante para constatar se o desaparecimento ocorreu por conta de um crime ou não.

Em entrevista ao GP1, o delegado-geral Luccy Keiko ressaltou o caso da estudante Camilla Abreu, que foi morta pelo namorado e que o caso começou a ser investigado a partir do desaparecimento dela. Ele também informou que a criação também aconteceu devido as dificuldades dos familiares em registrar o sumiço de uma pessoa.


  • Foto: Helio Alef/GP1Luccy KeikoLuccy Keiko

“Ás vezes o desaparecimento de uma pessoa termina com uma morte, como é o caso da Camilla Abreu, como eu me recordo. A investigação iniciou com um desaparecimento. Então nós vimos que, durante o período que ficamos na Delegacia Geral, ainda na Gerência de Polícia Metropolitana (GPM), que as famílias dos desaparecidos tinham uma dificuldade muito grande até de fazer um registro quando procuravam algumas unidades policiais. Não havia um protocolo a ser seguido no caso do desaparecimento de pessoas. E esse é o nosso objetivo, que se crie um protocolo, para quando houver um registro, já se saiba quais os caminhos a polícia irão percorrer”, contou.

O coordenador do DHPP, delegado Francisco Costa, o ‘Barêtta’, explicou que isso irá agilizar as investigações acerca dos desaparecimentos e promover uma efetividade da resolução dos casos assim como os casos de homicídios e latrocínios. “Hoje nós estamos instalando a primeira Delegacia de Investigação de Desaparecimento de Pessoas, um marco histórico na Polícia Civil, que tem como atribuição a investigação. O desaparecimento de pessoas beira aquela angustia de você ter perdido um ente querido. Nós não podemos receber uma informação, um registro, dar um pedaço de papel para a pessoa e dizer ‘volte depois’. Nós temos que dar uma efetividade naquela investigação e um resultado como é dado nos outros casos de homicídios e latrocínios”, destacou.

  • Foto: Helio Alef/GP1Delegado BarêttaDelegado Barêtta

A divisão de investigação irá trabalhar com uma metodologia bastante utilizada nesses casos, assim como a análise dos perfis das vítimas, como revelou o delegado Walter Cunha, que irá coordenar a equipe. “Normalmente, o mais comum são pessoas que têm problemas mentais, que estão sendo ameaçadas, que estão sofrendo algum abalo psicológica, pessoas que foram recolhidas ao sistema prisional e a família não teve conhecimento, se internou. Isso aí é o mais comum de acontecer, mas essa demanda de se evoluir ao homicídio, se verificar que o desaparecimento foi originário de um crime, esse percentual também é considerável”, explicou.

  • Foto: Helio Alef/GP1Delegado Walter CunhaDelegado Walter Cunha

A equipe também vai contribuir nas investigações de homicídios e latrocínios, principalmente, no centro da Capital, pois na região central de Teresina, os policiais responsáveis são os mesmos que cuidam os casos de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) ocorridos na zona norte e isso estava acarretando em uma sobrecarga para os investigadores.

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