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Teresina - Piauí

Casal preso na Operação Pavilhão deixou de declarar R$ 1,9 milhão à Receita

O casal possuía uma empresa de fachada identificada como Isadora Transportes LTDA para disfarçar o esquema fraudulento de compra e venda de veículos.

A Polícia Civil do Piauí informou durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (14) que o casal preso na Operação Pavilhão, deflagrada nas primeiras horas da manhã de hoje, possuía uma empresa de fachada para disfarçar o esquema fraudulento de compra e venda de veículos.

Segundo o delegado Matheus Zanatta, coordenador da Delegacia de Polícia Especializada (GPE), entre os anos de 2014 a 2016 a empresa Isadora Transportes LTDA movimentou quase R$ 2 milhões não declarados à Receita Federal com a compra e venda de veículos. Ao todo, o casal Francisco José Oliveira Costa e Mariana dos Santos Soares possuía 37 carros e motos, sendo 18 em nome de Francisco e 19 em nome de Mariana e somente 3 no nome da empresa. “Eles cobravam juro de banco para fazer a revenda desses veículos para terceiros, mediante a assinatura de nota promissória”, explicou o delegado.


  • Foto: Hélio Alef/GP1Delegado Matheus ZanattaDelegado Matheus Zanatta

Investigações

As investigações foram iniciadas ainda no ano de 2016, a partir da prisão do filho de Francisco José Oliveira Costa, que atuava na região do Grande Dirceu, acusado do crime de tráfico de entorpecentes. “Na época, foi trabalhada a inteligência em cima do Francisco. Ele foi monitorado, indicado por financiamento ao tráfico, crime de usura e denunciado pelo Ministério Público. O filho foi preso em flagrante pela DEPRE, na época que eu trabalhava na delegacia, e foi indiciado por tráfico de drogas. Ele foi condenado a 11 anos de prisão e permanece encarcerado”, completou o delegado Zanatta.

Naquela ocasião, o pai foi preso por porte ilegal de arma de fogo, mas no decorrer do inquérito descobriu-se de o dinheiro da venda dos entorpecentes era utilizado para a aquisição de veículos que, posteriormente, eram financiados através da empresa Isadora Transportes, que tinha como sócio-proprietário o casal Francisco e Mariana.

Sonegação de impostos

Durante o inquérito, foi verificado ainda que o casal fez várias movimentações nas contas bancárias pessoais, que destoavam dos valores declarados à Receita Federal. Ao todo, foi verificado que Francisco José movimentou um milhão e oitocentos mil reais em sua conta, quando na verdade ele havia declarado apenas R$ 200 mil. Já Mariana movimentou R$ 400 mil, mas declarou apenas R$ 100 mil. No total, R$ 1,9 milhão não foi declarado pelo casal à Receita Federal.

Em razão das movimentações fraudulentas, no âmbito da empresa e dos proprietários, foram abertos dois inquéritos que estão sendo presididos pela Polícia Federal e pela Delegacia de Combate ao Crime contra a Ordem Tributária e Econômica (Decoortec).

Polícia faz buscas para localizar veículos

O delegado Matheus Zanatta ressaltou que, a partir de agora, o foco será realizar buscas para localizar os veículos bloqueados pelo poder judiciário. “Apreendemos um veículo e iremos trabalhar na busca dos demais veículos a partir de amanhã. Já temos a identificação dessas pessoas que estão com esses automóveis. Nós vamos pedir também a restrição dos imóveis”, contou.

Confira a lista:

  • Foto: Divulgação/Polícia CivilRelação dos veículosRelação dos veículos
  • Foto: Divulgação/Polícia CivilOs proprietários devem comunicar à Polícia CivilOs proprietários devem comunicar à Polícia Civil
  • Foto: Divulgação/Polícia CivilVeículos foram bloqueados pelo poder judiciárioVeículos foram bloqueados pelo poder judiciário
  • Foto: Divulgação/Polícia CivilVeículos do casal e da empresa de fachada que foram vendidosVeículos do casal e da empresa de fachada que foram vendidos
  • Foto: Divulgação/Polícia CivilLista divulgada após a deflagração da Operação PavilhãoLista divulgada após a deflagração da Operação Pavilhão

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