O juiz Washington Luiz Gonçalves Correia, titular da 8ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Maurílio Rodrigues, acusado de planejar o assalto que resultou na morte do empresário Leandro César Sousa Gonçalves, no dia 20 de fevereiro de 2017. A decisão foi dada no dia 13 de outubro.
A defesa entrou com o pedido alegando, em síntese, que o acusado faz jus à concessão da revogação da prisão preventiva em razão de não estarem presentes os requisitos ensejadores da referida prisão.
Instado a se manifestar, o Ministério Público do Estado do Piauí opinou pelo indeferimento do pedido de revogação da prisão preventiva.
- Foto: Divulgação/SSP-PIAcusado de planejar latrocínio
O magistrado destacou na decisão que no referido caso, a materialidade e indícios são suficientes para confirmar a autoria contra o acusado, além de se encontrarem devidamente demonstrados nos autos.
"Há fundamentos suficientes a evidenciar a manutenção da prisão preventiva do acusado lastreados, em especial, na garantia da ordem pública, conforme o art. 312 do Código de Processo Penal, de modo que, neste momento, não existe a possibilidade de aplicação de qualquer medida cautelar diversa da prisão prevista no art. 319 do Código de Processo Penal, tampouco a possibilidade de concessão de liberdade provisória sem ônus", afirmou o juiz.
Maurílio era funcionário de Leandro e foi apontado pela polícia como o mentor do assalto que resultou na morte do empresário que era proprietário do depósito LM Bebidas e Gás. Ele foi preso no dia 1º de julho pela Força Tarefa da Secretaria de Segurança do Piauí no bairro Lourival Parente, na zona sul de Teresina.
Crime
O proprietário do depósito LM Bebidas e Gás, Leandro César Sousa Gonçalves, foi assassinado a tiros após reagir a uma tentativa de assalto no dia 20 de fevereiro de 2017, no bairro Lourival Parente.
No dia do crime, o delegado Anchieta informou que a vítima vinha da cidade de Demerval Lobão, com uma quantia no valor de R$ 21.840,40 dentro de seu veículo, um Cobalt prata, que não foi levado pelos bandidos. Ele saiu da BR 316 e entrou na Rua 4 e em um determinado momento ele foi abordado por dois indivíduos em uma moto XTZ.
Leandro reagiu jogando o carro contra a moto e um dos bandidos caiu. O outro criminoso reagiu atirando contra o empresário. Ele foi atingido por duas vezes na cabeça. Nesse momento, um carro que estava próximo ao local dando cobertura a dupla surgiu, e o criminoso acidentado foi resgatado e levado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O outro bandido também fugiu no veículo, deixando a motocicleta no local do crime.
- Foto: Facebook/ Leandro SousaLeandro César Sousa
Leandro era filho da diretora do Hospital do Monte Castelo, Fátima Sousa. Ele deixou duas filhas, sendo uma criança e outra adolescente.
Inicialmente cinco pessoas foram denunciadas pela morte do empresário: Francisco das Chagas de Oliveira Filho (Tanquinho), Sanatiel Abreu Rocha (Pequeno), André Vieira da Silva (Loirinho), Jonnes Eduardo da Silva (John John), Yasmin Abreu Rocha e Caio. Desses, apenas Francisco foi condenado, ele pegou 30 anos de prisão, em regime fechado. A sentença foi dada em fevereiro de 2018.
Duas foram absolvidas, André Vieira da Silva - vulgo “Loirinho” e Jonnes Eduardo da Silva – conhecido como “John John”. Sanatiel Abreu Rocha - vulgo “Pequeno”, apontado como autor dos disparos que mataram o empresário e sua irmã Yasmin Abreu Rocha, tiveram decretados, contra si, a suspensão do processo com a consequente suspensão do prazo prescricional.
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