A Operação Rubro, deflagrada na manhã desta quarta-feira (26) pelo 12º Distrito Policial em conjunto com a Diretoria de Inteligência da Segurança, apreendeu cerca de 200 iPhones na residência de um receptador de celulares roubados. Identificado apenas como Matheus, o dono de um box no Shopping da Cidade de Teresina, conseguiu fugir e segue foragido.
O delegado Carlos César Camelo afirmou em coletiva de imprensa que Matheus, que responderá por receptação, tomou conhecimento do andamento da operação e conseguiu fugir do local. “O Matheus já estava sabendo da operação e conseguiu se evadir. Na perseguição ele soltou essas mochilas e nelas foram encontrados vários iPhones e um carregador de pistola de arma de fogo”, afirmou.
- Foto: Cinara Taumaturgo Cerca de 200 aparelhos celulares foram apreendidos na Operação Rubro
A operação, que tem como objetivo desarticular uma quadrilha especializada em desbloquear celulares roubados e furtados, prendeu oito pessoas no Piauí, São Paulo e no Distrito Federal. Luis Wilker de Macedo foi preso em Alegrete, na região sudeste do estado.
André Rafael Borges Colman, Bruna Gabriele da Silva Galego e Thaysa Aparecida da Silva foram presos em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo. Ramon Antônio Soares de Melo, Tarcísio Costa da Silva, Marcos Vinícius Silva de França e Sueli Soares Veras foram presos em Brasília.
Modus Operandi
De acordo com as investigações, que duraram um ano e três meses, os bandidos roubavam celulares da Apple e em seguida ludibriavam a vítima, concluindo assim o desbloqueio do aparelho. O aparelho é conhecido como um dos mais seguros do mercado e possui rastreador.
Segundo o delegado Carlos Cesar Camelo, as investigações iniciaram após uma vítima receber uma mensagem de um suposto site da Apple um mês após ter o aparelho furtado. A vítima, no entanto, ao ser direcionada ao endereço, deu seus dados da conta, que posteriormente foi excluída pela quadrilha.
“Os criminosos tiveram acesso ao número do telefone da vítima, que estava no próprio iPhone como telefone de contato caso alguém encontrasse o telefone e encaminharam a mensagem de texto um mês depois do furto e forneceram um link. Nesse link a vítima acessou e foi direcionada a um site que simulava ser da Apple e esse site pedia logo o login e senha da conta Apple da vítima”, afirmou o delegado.
“A vítima preencheu o login e senha, o site falso captou e os criminosos tiveram acesso à conta da Apple da vítima. E eles acessaram o conteúdo da Apple, apagaram parte do conteúdo e cancelaram a conta da vítima. A partir daí o telefone ficou limpo, sem ser rastreado”, continuou o delegado.
Desbloqueio
Ainda de acordo com o delegado responsável pela operação, uma quadrilha de Brasília oferecia o serviço de desbloqueio de iPhones por meio das redes sociais e mantinham contato com os programadores que criaram o site falso, que são de Ribeirão Preto.
“[A quadrilha] oferece online por meio de Facebook o desbloqueio de iPhone. A propaganda deles é “desbloqueando seu iPhone” e esse serviço é utilizado logicamente por receptadores de todos os cantos do Brasil. Esses criminosos de Brasília tem contato com o contato com os programadores que fizeram o site falso. Esses hackers são de Ribeirão Preso”, explicou o delegado.
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