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São Félix do Piauí - Piauí

TCE julga representação contra Gil Paraibano nesta quarta-feira

Na representação o então prefeito de Picos, Kléber Eulálio, alegou irregularidades na gestão do antecessor Gil Paraibano.

Em sessão marcada para as 9 horas da manhã desta quarta-feira, 21, a Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), julgará uma representação do ex-prefeito de Picos, Kléber Eulálio, contra o seu antecessor, empresário Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PP).

A representação é referente ao exercício financeiro de 2012, último ano da segunda gestão do então prefeito Gil Paraibano (PP). Ele fora sucedido no Palácio Coelho Rodrigues por Kléber Eulálio, atualmente conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Piauí.


No dia 22 de janeiro de 2013, o então prefeito Kléber Eulálio enviou ofício a Procuradora do Ministério Público junto ao TCE-PI, Raíssa Maria Rezende de Deus Barbosa. No documento, o gestor denunciou uma série de irregularidades que supostamente haviam sido praticadas pelo seu antecessor, Gil Paraibano (PP).

  • Foto: José Maria Barros/GP1 Ex-prefeito Kléber Eulálio, autor da representaçãoEx-prefeito Kléber Eulálio, autor da representação

Dentre as irregularidades que teriam sido encontradas, o então gestor citou que seu antecessor deixou débitos previdenciários junto ao INSS e ao PicosPrev – Fundo Previdenciário do Município de Picos, bem como débitos perante os servidores públicos municipais, relativamente aos salários do mês de dezembro e 13º salários.

“Na Secretaria Municipal de Educação, somando-se os débitos referentes à folha de pagamento de dezembro de 2012 e 13º salários dos servidores efetivos, à folha de pagamento do 13º salário dos servidores contratados, ao INSS, à Previdência Própria do Município e as tarifas diversas, atinge-se o montante de R$ 2.435.343,68” – lembrou Kléber Eulálio na representação.

Segundo a denúncia, na Secretaria de Municipal de Saúde os débitos apurados referentes à folha de pagamento de servidores contratados e concursados do mês de dezembro de 2012, os encargos sociais e diversos débitos, tais como fornecedores, aluguéis, pensão alimentícia, água, energia, telefone, Sindicato, desconto bancário, mensalidade da Associação do PSF e PSB e mensalidade da Associação dos ACS totalizam R$ 1.101.833,31.

“Tal situação ocasionou a retenção total das duas primeiras parcelas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) devidas a Picos, relativas aos repasses dos dias 10 e 18 de janeiro de 2013” – lamentou o então gestor.

Outro lado

Em sua defesa o ex-prefeito Gil Paraibano argumenta que, em linhas gerais, os salários de dezembro/2012 e 13º salários foram adimplidos. E lembra que, de um universo de quinze secretarias e dois departamentos (trânsito e iluminação pública, além da sede da Prefeitura), apenas duas deixaram pendências, mas o fizeram em situação perfeitamente compreensível/justificável.

Quanto a Secretaria de Saúde, Gil Paraibano reconhece que os segmentos de servidores relacionados com os programas federais da pasta (PSF, PSB, NASF, etc.) de fato não receberam seus salários, considerando que os respectivos recursos somente são creditados no mês subsequente ao trabalhado, até porque, encerrada cada competência, é informada a produção para o Ministério da Saúde que libera o correspondente crédito.

  • Foto: José Maria Barros/GP1 Ex-prefeito de Picos, Gil ParaibanoEx-prefeito de Picos, Gil Paraibano

“Sendo assim, encerrada sua gestão no dia 31 de dezembro de 2012, não havia como o representado (leia-se: Secretária de Saúde) efetuar o pagamento, já que o crédito ordinariamente é efetivado em tomo do dia 10 do mês subsequente ao da prestação do serviço. Reitere-se que todos os servidores não lotados em atividades relacionadas com os programas federais receberam, sem distinção, a verbas salariais e o 13º salário” – justifica a defesa.

No tocante à Educação, Gil Paraibano explica que ficaram pendentes parte dos salários de dezembro e 50% do 13º salário, em razão do repasse menor do FUNDEB, cuja receita programada para o exercício de 2012 não foi cumprida pelo FNE, sem qualquer prévio aviso.

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