O promotor de Justiça, João Mendes Benigno Filho, encaminhou, no dia 17 de janeiro, ao juiz de direito Antônio Reis de Jesus Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, um memorial escrito solicitando que seja revogada a prisão preventiva e que seja expedido o alvará de soltura de Dorival Ferreira de Almeida. O promotor ainda pediu que Dorival vá a Júri Popular pelo crime de homicídio qualificado contra o funcionário do Comercial Carvalho, Sidivaldo Bacelar.
O memorial escrito foi apresentado após a realização de uma audiência de instrução e julgamento no dia 11 de janeiro na 1ª Vara do Tribunal do Júri. Na ocasião o acusado pelo assassinato e testemunhas foram ouvidos pelo juiz Antônio Nolleto, que ao final da audiência determinou que o Ministério Público, responsável pela acusação, e a defesa de Dorival apresentassem as razões finais escritas em até 15 dias.
O Ministério Público então apresentou suas alegações finais e agora falta a defesa do réu se manifestar. Em posse dessa documentação, o juiz decidirá se o caso vai a júri popular ou não.
- Foto: Divulgação/PCDorival Ferreira de Almeida
Posicionamento do Ministério Público
Segundo o promotor, a denúncia foi cristalina ao narrar que o acusado estava inconformado com o término do relacionamento com D. S. L. e ceifou a vida de Sidivaldo com quem sua ex-companheira mantinha um relacionamento amoroso. Durante o interrogatório, Dorival confessou a prática do crime e alegou em defesa que foi ao estabelecimento conversar com a vítima, no entanto Sidivaldo o teria provocado falando que “não converso com corno” e que por esse motivo praticou o crime.
De acordo ainda com o pedido, “no dia do crime o acusado foi ao estabelecimento comercial munido de arma de fogo já planejando praticar o ato, pois conforme comprova a filmagem da câmera de segurança, o acusado se fez passar por um cliente para não chamar a atenção da vítima e quando esta andava tranquilamente pelo estabelecimento sem esperar a abordagem, foi atingido com três trios nas costas”.
Para pedir a revogação da prisão de Dorival, o promotor argumentou que a liberdade do acusado não trará desordem pública ou abalo, uma vez que o clamor público já tranquilizou em razão do passar natural do tempo.
Outra justificativa é a de que o acusado não é criminoso contumaz, possui endereço fixo, emprego definido, todos em Teresina e que o acusado respondeu regularmente o processo comparecendo em todos os atos processuais o qual foi intimado.
Relembre o caso
Sidivaldo Bacelar Soares, de 38 anos, foi assassinado com três tiros, na tarde de 17 de julho de 2017, dentro do Comercial Carvalho da Avenida Joaquim Nelson, no bairro Dirceu, em Teresina, onde trabalhava como encarregado de loja.
- Foto: Facebook/Sidivaldo BacelarSidivaldo morreu dentro do Comercial Carvalho da Joaquim Nelson
Com o auxílio de um vídeo gravado pelas câmeras de segurança no momento da ação, a polícia conseguiu identificar o autor do crime como sendo Dorival Ferreira de Almeida.
O crime foi passional, pois Sidivaldo estava se relacionando com a ex-companheira de Dorival. Dorival foi preso dez dias depois do crime após prestar depoimento na delegacia. A denúncia foi oferecida em setembro do ano passado.
Ver todos os comentários | 0 |