Um dos policiais envolvidos em uma abordagem que resultou em duas pessoas baleadas, na Vila Irmã Dulce, em novembro do ano passado, também foi reprovado no teste psicotécnico da Polícia Militar do Piauí.
Os policiais foram identificados como soldado André Alves Barreto e sargento Luiz Gonzaga da Silva, da Companhia Independente do Promorar. Ambos tiveram a prisão preventiva decretada duas semanas depois pelo juiz de direito da Central de Inquéritos, Luiz de Moura Correia.
André Alves entrou na PM através de uma liminar depois de ter sido reprovado no teste psicotécnico. A sentença do juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Teresina, Aderson Antônio Bruno Nogueira, foi dada em agosto de 2013, depois que André e mais três candidatos ingressaram com a ação requerendo a suspensão do teste.
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Recurso
Posteriormente o Estado do Piauí ingressou com a apelação civil contra a sentença. O relator da ação é o desembargador Hilo de Almeida Sousa.
Em abril de 2017, o Ministério Público Superior emitiu parecer opinando pelo não provimento do recurso de apelação. A ação está parada há 7 meses.
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Liberdade
Segundo informações da coronel Elza Rodrigues, diretora de comunicação da Polícia Militar do Piauí, o soldado André Alves Barreto e sargento Luiz Gonzaga da Silva, conseguiram uma liminar e já estão em liberdade.
Um processo administrativo foi aberto para apurar a conduta dos policiais na ação, mas ainda não foi concluída. Ainda de acordo com a coronel, o processo está dentro do prazo.
Os dois policiais estão trabalhando na parte administrativa até a conclusão do processo.
Caso Emilly
O caso é semelhante ao da família da menina Emilly Caetano, que morreu no dia 26 de dezembro depois de uma abordagem desastrosa de policiais militares do 5º Batalhão da Polícia Militar ocorrida, na noite de 25 de dezembro de 2017, na Avenida João XXIII.
- Foto: Facebook/Dayanne Evandro Emíle foi morta durante abordagem policial
O policial Aldo Luís Barbosa Dornel, acusado de efetuar os disparos que mataram a menina e feriu os pais, o cantor Evandro Costa e Dayanne Costa, também ingressou na PM através de uma liminar deferida pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Teresina, Oton Mário José Lustosa Torres, em junho de 2010.
A liminar foi revogada em setembro de 2016 pelo juiz de direito Rodrigo Alaggio Ribeiro. No entanto, o comandante da PM, Coronel Carlos Augusto, afirmou que o soldado não havia sido exonerado porque a instituição não foi comunicada da decisão.
Nesta quinta-feira (11), o governador Wellington Dias assinou a sua exoneração.
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