Com a conivência dos líderes locais do Partido dos Trabalhadores e do coordenador municipal de Comunicação, José Neto Monteiro, a equipe de organização proibiu a imprensa de cobrir a visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Casa Ápis.
Embora tenham chegado cedo ao local, os jornalistas foram impedidos pela equipe do Instituto Lula de acompanharem a visita do ex-presidente às dependências da Casa Ápis, que é a Central de Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro, localizada no bairro Pantanal. Em razão disso a cobertura jornalística foi comprometida.
Logo na entrada que dá acesso a uma área vip onde estavam as autoridades e convidados, havia uma barreira com vários seguranças truculentos e mal educados. Eles tentaram de todas as maneiras impedir a entrada dos jornalistas, que só conseguiram passar pela barreira após muita insistência e, em alguns casos, com a interferência do vereador do PT, Wellington Dantas.
Minutos antes da chegada de Lula, os jornalistas foram retirados pelos seguranças do espaço onde estavam e impedidos de registrar a visita do ex-presidente Lula às dependências da Casa Ápis.
Preocupados com os prejuízos na cobertura, os jornalistas procuraram o presidente do diretório municipal do PT, Zacarias Teixeira; o vereador Wellington Dantas e o coordenador municipal de Comunicação, José Neto Monteiro, porém, todos eles se esquivaram da responsabilidade e disseram que não podiam fazer nada.
Até mesmo o prefeito de Picos, Padre José Walmir de Lima (PT) foi procurado pelo repórter do GP1, mas este também se esquivou e justificou dizendo que até ele [Padre Walmir] havia sido barrado pela equipe de Lula, que o impediu de entrar no Entre Rios Hotel no dia anterior.
Discriminação
Os jornalistas barrados disseram que ao longo da semana haviam procurado o coordenador de Comunicação, José Neto Monteiro, para fazer o credenciamento dos profissionais que iriam fazer a cobertura da visita de Lula a Picos. No entanto, nada foi feito e a imprensa acabou tendo o seu trabalho comprometido, haja vista que não teve acesso a Casa Ápis e nem ao palco montado para o ato público.
Dos jornalistas picoenses apenas um teve acesso ao palco, num ato considerado pelos colegas como discriminação.
Um dos mais indignados com o tratamento dispensado à imprensa picoense era o radialista Assis Santos, coordenador da equipe de jornalismo do Sistema de Comunicação de Picos, que envolve emissoras de rádio e portal de internet. Ele chegou a propor uma nota de repúdio contra o ato discriminatório.
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