O Ministério Público do Estado ofereceu denúncia contra o tenente do Exército, José Ricardo da Silva Neto, pelos crimes de homicídio consumado triplamente qualificado por motivo fútil, feminicídio e duplo homicídio tentado qualificado. A denúncia foi oferecida pelo promotor de Justiça Ubiraci Rocha, na última quarta-feira (12).
- Foto: DivulgaçãoJosé Ricardo Silva Neto
Na denúncia, o representante do Ministério Público destacou ainda que o homicídio foi “cometido pelo menoscabo ou discriminação à condição de mulher, haja vista a expressa manifestação de poder do acusado sobre a vítima, uma vez que estes mantinham uma relação amorosa (namorados), há apenas sete dias, o que por si só, caracteriza a qualificadora de feminicídio, havendo ainda quanto às vítimas Ilana Lima Barbosa e Josiane Mesquita da Silva, tentativa de homicídio qualificado pelo feminicídio como decorrência lógica do iter criminis percorrido pelo acusado”.
O promotor pede ainda que o juiz determine a pronúncia do denunciado para que seja submetido a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri.
Relembre o caso
José Ricardo, 23 anos, executou na madrugada de segunda-feira (19), a namorada, Iarla Lima Barbosa, de 25 anos, e deixou feridas outras duas pessoas, a irmã da vítima, Ilana, de 23 anos e uma amiga de 25 anos, próximo ao Bendito Boteco, na zona leste de Teresina.
O militar iniciou uma discussão com Iarla dentro do carro após saírem de uma festa que ocorria no Bendito Boteco. Ele teria ficado com ciúmes de Iarla, e após fazer acusações contra ela, a atingiu com dois tiros no rosto. A irmã da vítima e a amiga conseguiram fugir do carro. Uma das jovens foi atingida de raspão na cabeça e a outra no braço.
O tenente chegou a retornar para o condomínio onde morava, com a namorada morta dentro do carro. Ele foi preso por uma equipe do BPRone.
- Foto: Facebook/ Danilo SérvioIarla Lima Barbos
O tenente ficou internado no Hospital Prontomed depois que atirou contra a própria perna.
O juiz de direito da Central de Inquéritos, Luiz de Moura Correia, chegou a determinar a quebra do sigilo de dados e imagens dos aparelhos telefônicos do oficial do Exército com o fim de subsidiar as investigações foi feito pelo Núcleo Policial Investigativo de Feminicídio.
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