Uma brasileira, natural de Brasília, que estava morando nos Estados Unidos, veio para o Piauí pedir ajuda ao Ministério Público Estadual após ser agredida pelo companheiro. Segundo informações do promotor Francisco de Jesus, a vítima já morava há alguns anos nos Estados Unidos, quando descobriu a aplicação da Lei Maria da Penha e decidiu vir ao Piauí pedir uma medida protetiva.
A mulher morava nos Estados Unidos, quando conheceu um norte-americano do qual teve um relacionamento. Ela engravidou de uma menina, mas o homem se negou a reconhecer a criança e mudou de endereço. Em 2012, após a criança nascer, ela procurou um investigador particular que localizou o homem e, assim, eles entraram em um acordo sobre ele assumir a paternidade e poder fazer as visitas.
- Foto: Bárbara Rodrigues/GP1Francisco de Jesus, promotor
O promotor explicou que a mãe começou a perceber que a criança voltava com hematomas após as visitas com o pai. Preocupada, ela resolveu voltar ao Brasil, quando o homem ficou mais agressivo e agrediu a mulher fisicamente, além de fazer ameaças de morte. Com medo, ela tirou fotos após as agressões e voltou para o Brasil com o objetivo de conseguir medidas protetivas.
“Ela ficou sabendo pela internet do trabalho que é desenvolvido pelo Nupevid no Piauí e, principalmente, sobre a aplicação da Lei da Maria da Penha. Lá ela não tinha nada que a protegesse, então ela decidiu vir ao Brasil pedir ajuda e já estamos dando entrada nas medidas protetivas, pois o homem já fez várias ameaças e existe a possibilidade de vir ao nosso Estado. Quando ele chegar, ela já vai estar com as medidas protetivas”, explicou.
O promotor acredita que a Lei Maria da Penha ajuda a dar mais empoderamento às mulheres e que a vítima vai ter, com ajuda da Justiça, uma forma de se proteger. “Estamos pedindo nas medidas para que não ele não se aproxime dela de uma distância de mil metros e nem frequente o mesmo lugar que ela. Ainda pedimos a permanência da vítima no Brasil juntamente com a filha, em guarda exclusiva, suspendendo o direito de visitas dele, até a resolução da situação pela Justiça. Ficamos felizes que o nosso trabalho seja reconhecido. Ela escolheu o nosso estado para conseguir esse tipo de proteção. Isso mostra a importância da Lei Maria da Penha e que ela está sendo reconhecida em outros lugares do mundo”, destacou.
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