Servidores públicos lotados na Secretaria Municipal de Educação denunciaram na tarde de ontem, 15, o caos nas escolas públicas de Picos. Segundo eles falta merenda, professores, vigias, zeladoras e muitos prédios estão em situação precária em sua estrutura física, sem as mínimas condições de funcionamento.
As denúncias foram feitas pelos trabalhadores durante debate promovido pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Picos (Sindserm) na tarde de ontem, 15, no auditório da Associação Comercial. O evento fazia parte da programação alusiva ao Dia da Greve Nacional da Educação promovido pelos movimentos sociais e sindicatos.
Durante mais de duas horas os professores deram depoimentos contando a situação precária em que se encontram as escolas do município de Picos. Segundo eles, o ano letivo foi iniciado no último dia 21 de fevereiro sem nenhuma condição, já que faltam servidores e muitas escolas estão em péssimas condições.
Diante dos depoimentos, o Sindserm elaborou um documento que será encaminhado para a secretaria municipal de Educação cobrando providências urgentes. Caso as reivindicações não sejam atendidas, os servidores alertam que poderão fazer paralisações ou até mesmo encampar um movimento grevista.
Segundo a presidente do Sindserm, Edna Moura, já está agendada para o próximo dia 28 de março uma assembleia geral para tratar sobre o assunto. Será às 17 horas no plenário da Câmara Municipal de Picos e, na oportunidade os trabalhadores vão decidir o que fazer para tentar reverter à situação do setor educacional.
Problemas
De acordo com Edna Moura, vários foram os problemas apresentados pelos trabalhadores durante o debate, dentre os quais a falta de profissionais para cuidar de alunos especiais matriculados na rede municipal de ensino. Isso estaria inviabilizando o trabalho do professor em sala de aula, principalmente no maternal e educação infantil.
Foi denunciado também denunciada a situação precária na estrutura física das escolas, dentre as quais do Morro da AABB, do Morada do Sol e a creche da Aerolândia. “Além disso, o sistema elétrico das escolas é ruim, merenda insuficiente e de qualidade duvidosa. Tudo isso foi apresentado através do depoimento dos profissionais que estão no dia a dia das escolas” – argumentou Edna Moura.
Vários outros problemas foram apresentados, como superlotação das salas de aula, principalmente no maternal e na educação infantil, e até mesmo falta de banheiros. Foi citado, por exemplo, uma escola com mais de 300 alunos do maternal onde existe apenas um banheiro.
A presidente do Sindserm ressaltou ainda que o número de profissionais aprovados em concurso público e convocados pela administração municipal não atende a demanda.
A sindicalista garante que nas escolas municipais de Picos faltam professores, vigias e auxiliares, configurando-se numa situação delicada que vem sendo apontada há bastante tempo, mas que a secretaria de educação não tem apresentado nada de concreto para resolver o problema.
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