A Estácio, segunda maior rede de ensino do país, vai demitir este mês 1,2 mil professores de seu quadro de 10 mil docentes. Na Estácio Ceut, em Teresina, estudantes relatam que pelo menos 19 professores já foram demitidos só no início de dezembro.
Uma reportagem do Estadão publicada nesta quarta-feira (06), denunciou o plano de demissão em massa de professores da instituição em todo o país. A publicação aponta que a justificativa da empresa para as demissões seria o fato de que a hora-aula de vários professores do grupo estaria acima dos preços praticados pelo mercado.
- Foto: Lucas Dias/GP1Estácio Ceut
Segundo relatos de estudantes, a Estácio CEUT já demitiu pelo menos sete professores do curso de direito, três do curso de Arquitetura e Urbanismo e um técnico do curso de jornalismo que estava na instituição há quase 17 anos. Outros 9 professores de outros cursos também foram demitidos. De acordo com os relatos, novas demissões devem ser feitas até o fim do ano.
Em nota, a Estácio afirmou que realizou uma “reorganização de sua base de docentes” que envolveu o desligamento de profissionais e o “lançamento de um cadastro de reserva para atender possíveis demandas nos próximos semestres.”
Confira a nota na íntegra
“O Grupo Estácio promoveu, ao fim do segundo semestre letivo de 2017, uma reorganização em sua base de docentes. O processo envolveu o desligamento de profissionais da área de ensino do Grupo e o lançamento de um cadastro reserva de docentes para atender possíveis demandas nos próximos semestres, de acordo com as evoluções curriculares. É importante ressaltar que todos os profissionais que vierem a integrar o quadro da Estácio serão contratados pelo regime CLT, conforme é padrão no Grupo. A reorganização tem como objetivo manter a sustentabilidade da instituição e foi realizada dentro dos princípios do órgão regulatório.
A Estácio segue comprometida com sua missão de Educar para Transformar, oferecendo educação de qualidade a seus alunos em todo o País”.
GP1 aguarda manifestação de sindicato
O GP1 tentou contato com o Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Estado do Piaui (Sinpro) na manhã desta quinta-feira (06), mas as ligações não foram atendidas. O espaço está aberto para um posicionamento.
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