A vice-governadora do estado, Margarete Coelho (PP), durante entrevista ao Jornal do Piauí, negou que tenha havido um desgaste entre o Partido Progressista e o governador Wellington Dias após a votação do Projeto de Lei, que aumentou os impostos no Piauí.
“Eu não diria que houve um desgaste na base. O que digo sempre é que o Partido Progressista é grande, tem uma liderança em nível nacional, que é o senador Ciro Nogueira, extremamente habilidoso, uma pessoa de conversa fácil com todos os segmentos da política do estado do Piauí. O Ciro tem livre trânsito com todas as lideranças, com todos os partidos. É um partido forte, um partido que hoje já está com quase 50 prefeitos, e nós esperamos que no dia 5 nós complementemos esse número”, disse.
- Foto: Lucas Dias/GP1Margarete Coelho
O Partido Progressista não votou com o governador no projeto que previa o aumento de impostos no estado, mas Margarete disse não ver isso como uma “fissura” na relação. “Então são dois partidos fortes, o Partido dos Trabalhadores e o Partido Progressista. Então não há uma dependência, não há hegemonia um sobre o outro. Nesse aspecto, em determinado momento, os partidos demonstram isso, essa sua independência, esse seu posicionamento, e não diria que isso seja uma fissura, um desgaste”, afirmou.
Governo Wellington Dias
A vice-governadora deixou claro que, embora as opiniões dos partidos por vezes sejam divergentes, o PP continua contribuindo com o governo. “Eu diria que o Partido Progressista continua trabalhando pelo Governo Wellington Dias, contribuindo da melhor maneira possível para que cheguemos ao final com esse projeto de Piauí mais fortalecido ainda”, declarou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Wellington Dias
Oposição
Margarete falou ainda sobre a importância da oposição para que o governo faça seu trabalho. “A oposição tem um papel relevantíssimo na democracia. É a oposição que pode muitas vezes repautar, fazer com que o governo ajuste o foco, corrija o rumo”, afirmou.
“A oposição do estado do Piauí tem feito esse papel de opositor leal, que se posiciona com sinceridade, que aponta os rumos e que é colaborativo no momento que há de ser. O papel da oposição também é trabalhar para que haja alternância de poder, que é importante para democracia. Então vejo isso com muita naturalidade, vejo como necessário. Um governo sem oposição tende a errar muito mais que o governo sem oposição forte”, concluiu.
Candidatura ao Governo
Quando questionada se sairia candidata ao Governo em 2018, Margarete disse não ter projetos pessoais, mas que está à disposição do partido. “Possibilidade candidatura a governo – Eu nunca tive um projeto pessoal de fazer política. Estou à disposição do meu partido, à disposição de um projeto político para o Piauí. Acho que o Piauí está em um momento importante, um momento de avançar”, falou.
“A gente vê um momento interessante para o Piauí. Eu vou estar à disposição sempre”, declarou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Firmino Filho
Firmino Filho
Com a crise gerada após a votação da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Teresina entre o prefeito Firmino Filho e o PMDB, possivelmente o peessedebista irá se candidatar ao governo. Questionada como ficaria a situação do Partido Progressista nas eleições de 2018, Margarete disse que Firmino é o principal nome da oposição e que ele não pode abrir mão dessa "condição".
“Acho que a população, como eu como você, como todos sempre vimos o nome do prefeito Firmino filho como principal nome da oposição. Aquele que é capaz de aglutinar apoios bastante relevantes. Então Firmino sempre esteve e sempre estará no centro de um grande debate como um grande líder do Piauí, de Teresina.”
“Um partido forte [PSDB], com vários deputados e um partido que tem uma força muito grande na capital, tem o maior eleitorado. Teresina tem mais da metade do eleitorado do Piaui. Então é um nome muito importante e que tem que estar sempre posto. Eu acho que ele próprio não pode abrir mão dessa condição. Essa condição de grande nome, de aglutinador, de liderança. Ele que ainda tem ainda muita lenha pra queimar na politica. Firmino é jovem e tem uma carreira politica bastante sedimentada e, certamente, tem muito a oferecer ao estado”, contou.
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