O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro) avalia o primeiro dia de greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Teresina de forma positiva, pois houve bastante adesão da classe ao movimento. Eles decidiram paralisar as atividades por tempo indefenido desde segunda-feira (30). Dentre as principais reivindicações da classe, uma delas são os constantes assaltos que os trabalhadores sofrem constantemente.
O Sintetro está fazendo um levantamento, e do dia 1º ao dia 30 de janeiro, conforme número divulgados por cinco empresas, já foram registrados 28 assaltos a ônibus em Teresina. O Sindicato considera o saldo bastante negativo, mas mesmo com essa disparidade, Fernando Feijão disse que nesta terça-feira (31), 60% dos ônibus saíram das garagens e estão nas ruas.
- Foto: Lucas Dias/GP1Presidente do Sintetro, Fernando Feijão
“Estivemos todos unidos em uma manifestação pelo Centro, para chamar atenção de todo mundo. Estamos e vamos continuar no Sindicato, aguardando o posicionamento da Strans [Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito], para vê se eles fazem uma contraproposta”, afirmou o presidente do Sintetro, Fernando Feijão, em entrevista ao GP1.
Sobre o número mínimo de ônibus circulando nas vias de Teresina, conforme determinado pelo Tribunal Regional do Trabalho do Piauí (TRT-PI), Fernando Feijão comentou que “estamos orientando esses trabalhadores a irem trabalhar, mas isso está difícil de ser cumprido, pois eles estão muito revoltados com o descaso do poder público com a nossa classe, e prova disso é o tanto de assaltos que acontecem, enquanto estão trabalhando. Outra coisa que nos revolta é que quando acontecem esses crimes, os cobradores são obrigados a pagarem o prejuízo. Enfim, é uma série de eventos que dificulta cumprir na íntegra esses 70%”.
- Foto: Lucas Dias/GP1Garagem da Teresinense
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