No mês de outubro, o trabalhador teresinense que recebe um salário mínimo (R$ 880,00), comprometeu 38,60% da renda, em média de R$ 339,72, na compra de alimentos. O número é considerado elevado, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pelo Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro).
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Supermercado
O levantamento apontou uma variação positiva de 0,64%, em comparação ao mês de setembro, no acumulado no ano (aumento de 8,68%) e nos últimos 12 meses (11,07%). Quanto ao custo da cesta básica, o comportamento no mês de outubro foi de queda (-0,76%), mas como nos últimos doze meses o aumento acumulado foi de 18%, o consumidor tem dificuldade em perceber esta redução.
O diretor de Estatística e Informação da Fundação Cepro, Elias Barbosa, destacou a alta dos preços dos alimentos. “Já são 18% de aumento na cesta básica acumulados nos últimos 12 meses. Até o cafezinho, que faz parte do dia a dia do teresinense, registrou +21,43% de variação de preço no último ano”, afirmou.
Dados do IPC
Nos últimos 12 meses, os vilões do grupo alimentação em aumento dos preços, foram: feijão sempre verde (+126,23%), limão azedo (+82,62%), açúcar cristal (+49,93%), pimentão (+47,57%), farinha de mandioca (+35,32%) e leite em pó/pacote (+30,93%).
Em relação aos sete grupos componentes, três deles registraram, em outubro, aumento superior à media geral: artigos de residência (+2,28%), alimentação (+1,02%) e habitação (+0,68%); outros três tiveram aumentos inferiores ao índice geral: transportes (+0,14%), saúde e cuidados pessoais (+0,24%) e serviços pessoais (+0,36%). Enquanto isso, o grupo vestuário registrou queda de (-1,03%).
Higiene pessoal é outro destaque na variação positiva de preços. Creme dental já acumula aumento de 20,79% em 12 meses e a escova de dente ficou 22,60% mais cara. Lâminas de barbear tiveram aumento de 17,30%, sabonete 7,87%, perfume 21,78% e desodorante 11,24% nos últimos 12 meses.
Eletrodomésticos também apresentaram aumentos significativos, com forte influência na formação do índice geral. O fogão a gás/elétrico, por exemplo, aumentou +10,28% em outubro, a geladeira +6,49%, o liquidificador +5,80% e o ventilador +3,04%.
Confira aqui o relatório do mês de outubro!
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