A Polícia Civil do Piauí , por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática ( DRCI ) está investigando três pessoas da cidade de São Paulo (SP) acusadas de aplicar um golpe de R$ 49 mil na juíza Lisabete Maria Marchetti , da 2ª Vara Criminal da Comarca de Teresina.

O inquérito foi instaurado em 30 de agosto deste ano pelo delegado Kleydson Ferreira da Costa e Silva, para apurar o crime de furto qualificado. Estão sendo investigadas duas mulheres, de iniciais D.S.S. e B.S. de C. e um homem de iniciais L.P. de M.S.

Segundo as informações preliminares obtidas pela polícia, no dia 12 de agosto deste ano, a juíza Lisabete Maria recebeu ligação de um homem que se identificou como funcionário do Banco do Brasil, afirmando que havia em sua conta bancária um pagamento pendente no valor de R$ 3 mil, referente ao Renavam de um veículo registrado em nome dela. Ele questionou a vítima se ela reconhecia o débito, no que ela negou, e foi orientada a ligar para outro número, para dar continuidade ao atendimento.

Em contato com uma mulher que se apresentou como Flávia Boni, a magistrada foi instruída a instalar em seu celular um aplicativo. A juíza decidiu, então, entrar em contato com o gerente da sua conta, mas obteve retorno apenas no dia seguinte, quando um funcionário da sua agência comunicou que havia sido transferido da sua conta um montante de R$ 49.999,99, e que provavelmente ela tinha sido vítima de um golpe.

Movimentação do valor

O dinheiro furtado da conta da magistrada foi transferido para a conta de D.S.S., que, por sua vez, transferiu R$ 49 mil para L.P. de M.S., valor dividido em cerca de 50 transações. Também foi registrada transferência de R$ 600,00 para a conta de B.S. de C.

Relatório do Coaf

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre a investigada B.S. de C. identificou diversas movimentações financeiras inconsistentes com a suas capacidades financeiras e que sugerem a existência de indícios da prática de lavagem de dinheiro, o que será investigado pela DRCI.