Um incidente de trânsito na capital piauiense tomou proporções maiores e resultou no indiciamento formal de um advogado por injúria. O caso, que ocorreu no dia 8 de novembro de 2024, envolveu Marcílio Lopes de Menezes , que foi acusado de ofender verbalmente Gilvan Santos Pereira, que é deficiente visual.
O incidente
De acordo com o relatório policial, o incidente aconteceu na Rua Rui Barbosa, no centro de Teresina. Gilvan Santos Pereira estava em seu veículo, estacionado em frente ao número 669, onde ocorria uma obra de manutenção hidráulica. O carro era conduzido por seu amigo, Samuel Rodrigues Sales, devido à deficiência visual de Gilvan.
Marcílio Lopes de Menezes, ao sair de sua residência no número 668 da mesma rua, colidiu com seu GM/Vectra na lateral do veículo de Gilvan. Após o acidente, testemunhas relataram que Marcílio teria chamado Gilvan de "cego desgraçado" e saído do local alegando estar com pressa.
A investigação
A Delegacia dos Direitos Humanos de Teresina conduziu a investigação, ouvindo a vítima, testemunhas e o próprio acusado. Foram também coletadas imagens de câmeras de segurança da região. Em seu depoimento, Marcílio negou ter proferido a ofensa, afirmando que a situação foi resolvida de forma amigável. No entanto, o testemunho de Samuel Rodrigues Sales corroborou a versão da vítima.
O indiciamento
Após análise das evidências, a delegada Syglia Samuelle de Brito Silva decidiu pelo indiciamento formal de Marcílio Lopes de Menezes. O advogado foi enquadrado no artigo 140, §3º do Código Penal Brasileiro, que trata de injúria racial.
A delegada concluiu que havia provas suficientes da materialidade e evidências da autoria do crime. Os autos foram encaminhados nessa segunda-feira (13) ao Ministério Público para apreciação e possível oferecimento de denúncia.
Outro lado
O GP1 tentou contato com o advogado Marcílio Menezes através das redes sociais, contudo, ele não respondeu à mensagem enviada. O espaço está aberto para esclarecimentos.