O juiz Washington Luiz Gonçalves Correia , da 63ª Zona Eleitoral, determinou a remoção de texto publicado em uma coluna do Portal Lupa 1, que falava da desistência do candidato a prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil). A decisão foi dada nesta terça-feira (24) após a coligação "Teresina no Caminho Certo" entrar com uma representação alegando que a informação era falsa e prejudicial à candidatura de Sílvio. O magistrado então acatou o pedido e estabeleceu um prazo de 24 horas para que a publicação fosse retirada do ar.

O texto em questão, publicado no site Lupa 1, afirmava que Sílvio Mendes, candidato pelo União Brasil, desistiria de sua candidatura até a próxima sexta-feira e que, assim, seu vice, Jeová Alencar, assumiria a disputa.

Foto: Alef Leão/GP1
Sílvio Mendes

“Destarte, em uma análise preambular, considero que o título da matéria pode induzir a erro o eleitor, levando-o a crer que a desistência é fato sacramentado. Ademais, o texto da reportagem vem reforçar esse pensamento, ao utilizar expressões como “fortes rumores surgiram” e “Silvio Mendes (União Brasil) deverá, segundo fonte da coluna, anunciar até sexta-feira a desistência da disputa pela Prefeitura de Teresina”, destacou o juiz em decisão.

A coligação argumentou que a informação era inverídica e tinha o potencial de confundir os eleitores, afetando diretamente a campanha.

O juiz também impôs uma multa de R$ 5.000,00 ao representado caso a ordem de remoção não fosse cumprida dentro do prazo estipulado. Além disso, o representado foi notificado para apresentar sua defesa em um prazo de dois dias. O Ministério Público Eleitoral também será chamado a se manifestar sobre o caso, garantindo que todas as partes tenham a oportunidade de se pronunciar.

Sílvio negou desistência

Em entrevista ao GP1 , Sílvio Mendes negou a informação e garantiu que “só Deus” o faria desistir da disputa. Para o candidato, os opositores estão fazendo da campanha um vale tudo.

“Só Deus me faria desistir de ser candidato. Campanha do vale tudo: compra de partidos, de candidatos, de muito dinheiro, que se tivesse origem lícita, mas [não] a PF bateu na porta [de Fábio Novo]”, alfinetou Sílvio Mendes.