A Justiça do Piauí condenou Rodrigo Fernandes das Dores de Souza , irmão do ex-goleiro Bruno Fernandes , pelo crime de estupro contra duas mulheres no ano de 2015. Na sentença, proferida no dia 29 de abril deste ano, o juiz Washington Luiz Gonçalves Correia , titular da 7ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, fixou a pena em 12 anos de reclusão.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Rodrigo Fernandes praticou os estupros no dia 22 de agosto de 2015, em Teresina. Ele abordou duas amigas que andavam a pé em um local isolado e as obrigou a subir em sua motocicleta, lavando-as para um matagal, onde consumou os abusos.
O réu obrigou uma das vítimas a fazer sexo oral, enquanto com a outra chegou a ter conjunção carnal. Em depoimento às autoridades, as vítimas disseram que, a todo momento, ele fazia ameaças, dando a entender que estava armado.
As vítimas procuraram a polícia, que conseguiu efetuar a prisão de Rodrigo. Na delegacia, as duas mulheres conseguiram reconhecê-lo, e a delegada que acompanhou o caso à época disse que havia várias denúncias da mesma natureza contra ele.
Réu negou acusações
Interrogado em juízo, Rodrigo Fernandes negou todas as acusações, alegando que estava trabalhando no dia e horário em que o fato ocorreu, contudo, não apresentou qualquer prova para sustentar o álibi.
Além disso, segundo a sentença proferida, ele frisou que “um estuprador não se arriscaria em abordar uma vítima e não ter o prazer de ‘ejacular dentro’”.
O juiz, no entanto, afastou a tese apresentada pela defesa. “A prova é, portanto, segura, de que no dia 22 de agosto de 2015, por volta das 12 horas, o acusado Rodrigo Fernandes das Dores de Souza, mediante grave ameaça, simulando que estava armado, colocando a mão na cintura, ocasião em que abordou as vítimas, obrigando-as a subir em sua motocicleta e as conduzindo a um matagal próximo, onde praticou atos libidinosos com a primeira, bem como manteve conjunção carnal com a segunda”, destacou.
Outros crimes
O magistrado também considerou o fato de Rodrigo Fernandes já responder a inúmeras ações penais pelo mesmo crime , já tendo sido condenado em algumas delas. Diante disso, o juiz Washington Luiz condenou o réu a pena de 12 anos de reclusão.