O juiz de Direito Substituto Francisco Valdo Rocha dos Reis , da 1ª Vara da Comarca de Pedro II, marcou para o dia 3 de dezembro deste ano a audiência de instrução e julgamento do sargento Francisco Ferreira de Sousa Filho , da Polícia Militar do Piauí, preso em Pedro II durante a operação DRACO 104. O policial é acusado de ser membro da facção criminosa Comando Vermelho e de repassar informações privilegiadas para o grupo criminoso.
Atualmente, o militar está afastado do exercício da função pública por determinação da Justiça. Essas medidas foram impostas em razão do receio de que o réu utilizasse seu cargo para a prática de infrações penais, dado que ele é investigado por auxiliar criminosos e obstaculizar a atuação das forças de segurança em relação à facção criminosa que atua no município de Pedro II.
O Ministério Público solicitou que o Comando da Polícia Militar do Piauí se abstivesse de suspender os vencimentos do réu Francisco Ferreira de Sousa Filho. Essa solicitação foi feita em resposta ao pedido da defesa, que argumentava contra a suspensão dos vencimentos antes do trânsito em julgado da sentença condenatória, em respeito ao princípio da presunção de inocência e da irredutibilidade dos vencimentos. A Justiça negou esse pedido.
O inquérito policial com o indiciamento de Francisco Ferreira de Sousa Filho foi concluído no dia 15 de abril pelo delegado Júlio Vieira de Carvalho Júnior. O sargento se tornou réu na Justiça no dia 25 de abril deste ano após o magistrado ter recebido a denúncia do Ministério Público.
Prisão
O sargento Francisco Ferreira de Sousa Filho foi preso durante a operação DRACO 104, realizada em Pedro II, na região Norte do estado. Ele está sob investigação por suspeita de integrar a facção Comando Vermelho e por repassar informações privilegiadas para o grupo criminoso. As informações foram obtidas com exclusividade pelo GP1 .
O policial foi preso em flagrante no dia 6 de abril, durante cumprimento a mandado de busca e apreensão, após as equipes do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) encontrarem, em seu endereço, uma motocicleta com sinais de adulteração, o que motivou sua prisão em flagrante.