O diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa ( DHPP ), delegado Barêtta , afirmou que o Instituto de Medicina Legal (IML) de Teresina confirmou as identificações dos dois corpos localizados em uma cova rasa na região da Grande Santa Maria da Codipi, no último sábado (16). Agora, o DHPP quer saber se as irmãs Jocinéia Dias da Silva , de 23 anos, e Francinete Pereira da Silva Neta , de 24 anos, foram torturadas antes de serem executadas.

Conforme o delegado Barêtta, não havia dúvidas quanto às identificações das vítimas, em razão das vestimentas e demais características nos corpos, como tatuagens, no entanto, era necessário comprovar, tecnicamente, que se tratava das irmãs.

Foto: Reprodução/WhatsApp
Francinete Pereira da Silva Neta, 24 anos, e Jocinéia Dias da Silva, 23 anos

“Eu conversei ontem à noite com o diretor do IML e ele nos confirmou que realmente era elas. Agora, o que nós queremos saber é se houve outro crime, além do homicídio, a tortura, que é um crime hediondo, pois não basta a gente dizer que elas podem ter sido torturadas, nós temos que levar para o processo e comprovar, através de exames, tudo que for registro na investigação de seguimento, que está sendo executada pelo delegado Vilela”, pontuou o delegado Barêtta.

Mulher está entre os suspeitos de participação no duplo homicídio

Ainda de acordo com o delegado Barêtta, os investigadores já identificaram a participação ativa de uma mulher no duplo homicídio das irmãs. Segundo a autoridade policial, ela cortou os cabelos das vítimas antes de elas serem mortas. “Nós já temos as identificações dos suspeitos, inclusive, uma mulher participou ativamente no crime e cortou os cabelos das vítimas. Por isso, nós vamos aguardar o trabalho do IML para mostrar ou não que as vítimas foram torturadas e fazer uma verdadeira ressonância magnética da investigação”, acrescentou o delegado Barêtta.

Foto: Alef Leão/GP1
Delegado Barêtta

Entenda o caso

Na última quinta-feira (14) o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o "Barêtta", em entrevista ao GP1 , informou que as irmãs desapareceram após pegarem uma corrida por aplicativo para um destino desconhecido. Antes disso, deixaram os filhos sob os cuidados de terceiros.

Um dos filhos, uma menina de 4 anos, foi entregue a familiares, enquanto o outro, um menino de 6 anos, foi deixado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na Santa Maria da Codipi. Ainda conforme Barêtta, há informações de que as irmãs tinham envolvimento com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), mas estavam se relacionando com membros de uma facção rival.

Dois dias depois, no sábado (16), dois corpos foram encontrados em uma cova rasa no Residencial Edgar Gayoso, no bairro Santa Maria da Codipi, zona norte de Teresina.