Renato Rodrigues
O Fluminense-PI tinha um adversário embalado pela frente, em seu terceiro compromisso pela Copa do Nordeste. Mesmo sem vencer durante o fim de semana diante do Sport, o Náutico era o páreo mais duro para o Vaqueiro nestas três primeiras rodadas e, sem aflição alguma, bateu a equipe piauiense por 2 a 0, no estádio dos Aflitos.
Sem as opções de Gean – que deve ficar fora dos gramados por duas semanas – e com Carlos Henrique ainda no departamento médico, o técnico Eduardo precisou apelas para o esquema com três zagueiros promovendo assim a estreia do zagueiro Gabriel Biloca no time profissional. Lucas Manga também da base fechou a ala pelo lado esquerdo, mas foi o meio de campo que pesou mais.
Mesmo com a retórica proposta pela diretoria e comissão técnica do Vaqueiro de que a Copa do Nordeste é uma competição de estudo, por ser a primeira vez em que o atual campeão piauiense participa, há quesitos básicos de competitividade que precisam estar devidamente alinhados e para isso, o fator intensidade é fundamental e foi o que faltou ao Vaqueiro neste confronto. Um meio de campo com Eliventon, Pio, Bismarck e Janeudo, que no futebol piauiense pode e funciona muito bem, perde um degrau de intensidade em jogos deste tamanho. Pouco combativo, o time foi dominado pelo Timbu ao ponto do técnico Dado Cavalcanti promover a entrada de garotos da base nos minutos finais do confronto, que já tinha a vitória alvirrubra decretada.
O trunfo da bola parada, especialidade de Pio, é significativo e hoje há poucos atletas no futebol brasileiro que consigam ter uma batida parecida com a do camisa 30 do Vaqueiro, mas no estádio dos Aflitos, ela não deu conta, era necessário um jogo pelo chão, explorando as passagens por dentro e alguém que buscasse os companheiros do ataque em condições melhores de finalizar.
Essa foi a primeira vez no ano que o Fluminense-PI deixou o gramado com uma derrota nesta temporada. A situação não tende a ficar mais confortável, pelo contrário, o estadual começa a se afunilar e se aproxima das fases de decisão. Após o confronto diante da Campinense, no próximo sábado, no Lindolfo Monteiro, os próximos dois rivais do Vaqueiro serão o embalado Ceará e o Bahia, sem contar o confronto diante da Ponte Preta, pela Copa do Brasil. Eduardo dos Santos agora tem o desafio de encontrar um melhor ritmo para, pelo menos competir de maneira mais sólida nos torneios, mesmo que eles não sejam vistos como prioritários.
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