O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) acusou a Polícia Federal (PF) de ter se apropriado de “métodos fascistas” nunca adotados sequer na “ditatura” na Operação Métis, que prendeu na última sexta-feira (21), quatro policiais legislativos da Casa.
Renan anunciou ainda que a Advocacia do Senado vai entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para defender as prerrogativas de atuação da Polícia Legislativa. Ele também chamou o ministro da Justiça, Alexandre Moraes de “chefe de polícia” e ainda classificou o juiz Vallisney de Souza Oliveira, responsável pela operação, de “juizeco” por decretar a ordem contra o Senado.
“Tenho ódio e nojo a métodos fascistas. Como presidente do Senado, cabe a mim repeli-los”, disse Renan. “É lamentável que isso aconteça, um espetáculo inusitado, que nem a ditadura fez, com a participação do ministro do governo, que não tem se portado como um ministro de Estado, no máximo como um ministro circunstancial de governo, chefete de polícia”, reclamou.
- Foto: André Dusek/Estadão ConteúdoRenan Calheiros
Apesar das críticas, o presidente do Senado disse que não sugeriu a demissão de Alexandre de Moraes ao presidente Michel Temer. “Não cabe ao presidente do Congresso tratar de substituição ou destituição de ministro, mas lamento que ele tenha se comportado dessa forma, falando mais do que devia, dando bom dia a cavalo”, disse Renan.
De acordo com informações do Estadão, ao ser questionado se o diretor da Polícia Legislativa do Senado, Pedro Ricardo Araújo, preso na Operação Métis vai continuar no cargo, Renan Calheiro esquivou-se da resposta. “A decisão não é minha, é de quem o prendeu”, afirmou o presidente do Senado.
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